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09.07.2022 | 00h00

Cães e gatos podem sofrer de doença semelhante ao Alzheimer; veja sinais

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Meu Bicho e Eu

Os cães e gatos domésticos podem desenvolver uma condição chamada de “Síndrome da Disfunção Cognitiva”, muito similar ao Alzheimer humano. Quem explica mais sobre o assunto é o médico-veterinário e professor da Universida de Cuiabá, Lázaro Manoel.

 

https://pixabay.com

Cão idoso

 

 

“Os cuidados com os animais cresceram de forma significativa, ganhando espaço inclusive no mundo comercial. Esse aumento, gera na extensão de anos de vida de gatos e cachorros, por exemplo, sem falar do avanço no campo da medicina veterinária. A longevidade desses animais e consequente velhice, é efeito dessa qualidade de vida”, afirma o médico veterinário.

 

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No caso da Síndrome da Disfunção Cognitiva, os animais desenvolvem uma desordem neurodegenerativa e lentamente manifestam sinais progressivos de alteração mental e demência.

 

Petz

Cachorro idoso

 

 

Por ser uma condição neurodegenerativa relacionada à idade, a síndrome acomete geralmente animais idosos, principalmente cães com mais de 8 anos de idade. Estudos mostram prevalência de 28% em cães com 11 a 12 anos e 68% em cães com 15 a 16 anos de idade. A prevalência em gatos com 11 a 14 anos pode chegar a 28%, e 50% em gatos com 15 anos de idade.

 

Sinais clínicos 

Quando acometidos pela síndrome, os cães geralmente manifestam confusão, ansiedade, distúrbio no ciclo sono-vigília, desatenção, inatividade, andar compulsivo (especialmente à noite), demência, incontinência fecal ou urinária, dificuldade em subir escadas, incapacidade de reconhecer pessoas e animais familiares, diminuição da interação com a família e vocalização excessiva (especialmente à noite).

 

Reprodução/Instagram

Gato de Duas Patas

 

 

Quando a síndrome acomete os gatos, os sinais são parecidos com os apresentados pelos cães: desorientação espacial ou temporal; alterações nas interações entre o pet e seus tutores ou outros pets; alterações no ciclo sono-vigília; alteração nos locais de evacuação, entre outros.

 

“Tanto para cães como para gatos, um dos sinais clínicos da Síndrome da Disfunção Cognitiva é a incapacidade dos animais em reconhecer seus tutores.

 

Na maioria dos casos, o diagnóstico da síndrome é desafiador, feito com base nos sinais clínicos, exame clínico e histórico consistente com a condição”, ressalta Lázaro. Há testes comportamentais muito úteis sendo desenvolvidos para mensurar a habilidade cognitiva dos pets e determinar alguns déficits.

 

É possível evitar 

 

Existem formas para tentar diminuir a probabilidade de o animal desenvolver a síndrome com o avanço da idade: desde pequeno, o tutor deve fornecer ao pet um ambiente enriquecido, com oportunidades de exploração, exercícios, novidades, brinquedos que o estimulem, além de promover uma dieta adequada, indicada por um médico-veterinário.

 

A dieta e suplementos dietéticos têm impacto no desenvolvimento e progressão do declínio cognitivo. Alguns fatores alimentares de risco foram identificados em humanos, e acredita-se que podem ser estendidos aos animais. É reportado na literatura que carne vermelha, frango, açúcar refinado, alimentos processados e com alto teor de gordura podem contribuir para o declínio cognitivo.

 

Canal do Pet - iG

Gato coleira

 

Animais domésticos sedentários ou que permanecem muito tempo presos, pouco estimulados, entediados e com pobre enriquecimento ambiental durante a vida também podem se tornar mais propensos ao desenvolvimento da síndrome com a idade avançada.

 

“Todos os animais precisam de exercício regular, interações sociais e estímulos com atividades e objetivos que promovam brincadeiras e exploração do ambiente, como escaladas e novas maneiras de obter alimentos, por exemplo.

Outros fatores de risco citados, além da idade avançada, incluem sexo e porte do animal. Cadelas têm maior risco de desenvolveram a síndrome, assim como cães de pequeno porte, embora estudos e pesquisas a respeito ainda estejam em evolução”, alerta.

 

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A síndrome da disfunção cognitiva não tem cura, mas o veterinário explica que os avanços da ciência permitem melhor manejo do animal para tentar diminuir o impacto dos sinais clínicos no seu bem-estar e no bem-estar dos tutores.

 

 

Assessoria: Unic 

 

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