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estudo 14.10.2025 | 17h01

Rachadura na África; fenda pode dividir continente e dar origem a novo oceano

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Divulgação/Derek Keir/Universidade de Southampton

Divulgação/Derek Keir/Universidade de Southampton

Uma equipe internacional de cientistas descobriu que uma coluna de rocha derretida nas profundezas da África Oriental está subindo e descendo em ondas rítmicas, dividindo lentamente o continente em um movimento que pode dar origem a um novo oceano.

 

As informações foram divulgadas pela Universidade de Swansea, no Reino Unido, em um comunicado sobre o estudo, originalmente publicado na revista científica Nature Geoscience em junho deste ano.

 

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A pesquisa, liderada pela Universidade de Southampton e conduzida pela geóloga Emma Watts, indica que a região de Afar, no nordeste da Etiópia, está sustentada por uma pluma de manto quente que pulsa de forma semelhante a um batimento cardíaco.

 

Segundo os cientistas, esses “pulsos” estão ligados ao movimento das placas tectônicas e desempenham um papel essencial na fragmentação do continente africano, um processo geológico que deve levar milhões de anos para ser concluído.

 

“Descobrimos que o manto abaixo de Afar não é uniforme nem estacionário – ele pulsa, e esses pulsos carregam assinaturas químicas distintas”, disse Watts, pesquisadora da Universidade de Swansea.

 

Fendas que se cruzam
A região de Afar é um dos raros pontos do planeta onde três fendas tectônicas se encontram: o Rift Etíope Principal, o Rift do Mar Vermelho e o Rift do Golfo de Áden. À medida que essas placas se afastam ao longo de milhões de anos, a crosta terrestre se estica, afina e pode eventualmente se romper, abrindo espaço para a formação de uma nova bacia oceânica.

 

Geólogos já suspeitavam que uma pluma de manto quente – uma espécie de corrente ascendente de rocha derretida – estivesse sob a região, mas o novo estudo foi o primeiro a mostrar que essa pluma não é estática, e sim pulsante.

 

‘Códigos de barras geológicos’
Os cientistas analisaram mais de 130 amostras de rochas vulcânicas coletadas em Afar e no Rift Etíope Principal. Eles cruzaram esses dados com informações geofísicas e modelos estatísticos para entender melhor a estrutura da crosta e do manto.

 

O resultado mostrou uma pluma única e assimétrica, marcada por faixas químicas que se repetem, descritas pelos pesquisadores como “códigos de barras geológicos”. Essas faixas indicam que o material derretido sobe em pulsos regulares.

 

“A listra química sugere que a pluma está pulsando, como um batimento cardíaco”, disse Tom Gernon, coautor do estudo e professor de Ciências da Terra na Universidade de Southampton. “Em regiões onde as placas se separam mais rapidamente, como no Mar Vermelho, esses pulsos se movem de forma mais eficiente, como o sangue fluindo por uma artéria estreita”.

 

Continente em transformação
Os pesquisadores concluíram que o fluxo do manto profundo está diretamente ligado ao movimento das placas tectônicas acima dele, influenciando o vulcanismo e a atividade sísmica na superfície.

 

“Esses processos são fundamentais para entender como um continente se rompe”, disse Derek Keir, professor da Universidade de Southampton e coautor da pesquisa. “O estudo mostra que a dinâmica do interior da Terra tem impacto direto na formação de novos oceanos”.

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