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11.08.2016 | 15h56

Mais um empresário revela ter pago propina

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Mais um empresário que mantinha contratos com o governo de Mato Grosso na gestão Silval Barbosa (PMDB) afirma que era “obrigado” a pagar propina para conseguir vencer licitações e receber dívidas de contrato anterior. Trata-se de Evandro Gustavo Pontes da Silva, dono da empresa Intergraf - E.G.P da Silva ME, a Gráfica Intergraf, localizada em Várzea Grande e que também tem envolvimento em outros esquemas de corrupção.

Réu na 2ª ação penal derivada da Operação Sodoma (2ª e 3ª fase), Evandro, por meio de sua defesa, afirma que pagou R$ 283 mil em propina ao grupo de Silval. A informação foi repassada pelo advogado João Victor Gomes de Siqueira ao participar, nesta quarta-feira (10), da audiência de instrução e julgamento da ação penal onde foram ouvidas 3 pessoas, sendo um delator e duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Ao Gazeta Digital, o jurista esclareceu que seu cliente pagou a propina em cheques sendo que 3 deles foram utilizados pelo ex-secretário de Administração, César Zílio, para comprar um terreno por R$ 13 milhões localizado na Avenida Beira Rio, na Capital. “Ele é uma vítima do grupo que exigia propina para qualquer repactuação de contrato”, alega o advogado ao mencionar que Evandro “não deveria estar na condição de réu” no processo.

João Victor explicou ao GD que a propina exigida pelo então titular da Secretaria de Administração, César Zílio, era no valor de 10% para que que Evandro Pontes continuasse a fornecer para a administração pública. O contrato, no qual houve o pagamento de propina, segundo o advogado, tinha vigência entre 2011 a 2013.

A Integraf confeccionava livros, blocos de anotações, folders e fornecia papéis e outros insumos de papelaria e escritório. “Ele estava prestando seviço mediante requisição aí fizeram um contrato de R$ 2,8 milhões englobando os valores atrasados e os serviços que seriam fornecidos em diante”.

De acordo com Siqueira, o empresário Evandro tinha valores em aberto para receber do Estado, resquícios serviços prestados anterior e ao tentar repactuar a dívida, o então secretário César Zílio impôs a condicionante de ter que pagar 10% de propina. “Essa foi a exigência, que ele tinha que pagar a propina se quisesse firmar novos contratos e receber os valores devidos pelo Estado por serviços ja prestados”, garante João Victor.

Após aceitar a condição e pagar a propina exigida por Zílio, Evandro, segundo sua defesa, continuou prestando serviços para atender as requisições feitas por várias secretarias estaduais por meio da SAD. Ele fornecia envelope, oficios, papéis, cartilhas para a saúde, formulário da Sefaz e blocos de de notas.

Outros esquemas  e processos

Evandro Pontes da Silva, que na gestão de Walace Guimarães em Várzea Grande, foi diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), também é réu em outras ações penais e civis. Ele foi um dos investigados na Operação Arqueiro e Ouro de Tolo que levou para a cadeia a ex-primeira dama do Estado, Roseli Barbosa por causa de um esquema de corrupção de R$ 8 milhões na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). Em virtude disso virou réu em ações civis e criminal.

Evandro também também é réu numa ação civil ao lado do ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, sob acusação de superfaturamento em 170,44% em serviços gráficos contratados Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Sicme), pasta que Nadaf comandava antes de ir para a Casa Civil. Na ação por improbidade, o Ministério Público pediu e conseguiu decisão para bloquear bens e contas dos denunciados até o valor de R$ 860,6 mil, para ressarcimento dos cofres lá na frente em caso de condenação futura.

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