12.07.2017 | 08h52
O ex-secretário de Estado de Fazenda Marcel de Cursi deixou o Centro de Custódia da Capital (CCC) por volta de 20h30 desta terça-feira (11), após 1 ano e 10 meses da deflagração da operação Sodoma pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), que apurava fraudes em incentivos fiscais às empresas de João Batista Rosa durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que saiu da cadeia no mês passado.
João Vieira![]() Marcel de Cursi |
Algumas horas após o desembargador do Tribunal de Justiça, Alberto Ferreira de Souza, deferir o habeas corpus impetrado pela defesa de Cursi, uma viatura do sistema penitenciário chegou ao CCC com a tornozeleira eletrônica, que foi colocada no réu por corrupção. Cerca de uma hora depois, chegou a oficial de justiça com o alvará de soltura, que conferiu se a monitoração eletrônica já estava sendo cumprida.
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Pouco tempo depois, foi possível ouvir os passos de diversas pessoas que vinham em direção ao portão do presídio. Em seguida, vários abraços, cumprimentos, despedidas e agradecimentos. Era Marcel de Cursi em seu último contato com os agentes prisionais na unidade. Ele agradeceu aos servidores “por tudo” e atravessou o portão ao som de um “vai com Deus” de uma agente.
Do lado de fora, seus dois advogados, Goulth Valente e Marcos Dantas o aguardavam. Sorridente, Marcel de Cursi os abraçou calorosamente e andou em direção ao carro. Pela primeira vez desde que foi preso, ele não se importou com a presença de poucos jornalistas que o filmavam e fotografavam. Ele se negou a fazer qualquer declaração, mas agradeceu a oportunidade de falar.
Cursi deixou o presídio apenas com sacos e caixas de papéis em direção à sua residência, no bairro Jardim Shangri-lá, na Capital. Veja:
Defesa
Enquanto aguardavam a saída de seu cliente da prisão, os advogados do ex-secretário de Estado criticaram a demora na soltura e a falta de igualdade nas decisões que atingiram os réus. “Se a gente manusear todo o processo, vamos perceber que houve um tratamento diferenciado para quem colaborou, para quem confessou e para quem delatou. Fica muito claro que havia uma intenção de forçar que os presos apresentassem algo para alimentar a vontade do Ministério Público de continuar imputando crimes”, afirmou Marcos Dantas.
Questionado sobre uma possível delação premiada ou confissão, o advogado Goulth Valente negou a possibilidade de uso dessa estratégia, uma vez que Marcel defende sua inocência. “A gente tem a convicção da inocência do nosso cliente. Não fizemos delação, foi uma decisão do Tribunal de Justiça. O Marcel nunca se propôs a fazer confissão ou colaboração premiada porque ele nunca fez parte de nenhuma organização criminosa, nunca foi o mentor intelectual daquilo que o Ministério Público tenta imputar a ele”, defendeu.
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