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Aquiles Rique Reis - A | + A

06.12.2015 | 00h00

Salve Reginaldo Bessa!

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O veterano compositor e cantor Reginaldo Bessa acaba de lançar o CD Depois do Silêncio - 50 Anos de Música (independente). Também arranjador e regente, Reginaldo, compositor que tem a carreira intimamente ligada à bossa nova.
Suas composições já foram gravadas por nomes como Alcione, Maysa, Elza Soares, Agnaldo Rayol e Taiguara, este que já defendeu sua ‘Não Se Morre de Mal de Amor‘ no I FIC, em 1966.
Tendo gravado seu primeiro disco em 1962, o novo álbum (o décimo quinto de sua carreira) tem quinze faixas. Todos os arranjos foram escritos por ele, bem como são dele a autoria de todas (algumas com parceiros) e o violão que se ouve do início ao fim.
Sua voz persiste afinada, indo bem às notas mais agudas e, principalmente, cantando com emoção. Longe de ser um demérito, mesmo um (absolutamente previsível) certo cansaço vocal é algo que confere ao intérprete a dignidade que os anos na estrada só fizeram aumentar.
Depois do Silêncio - 50 Anos de Música começa com três lindos sambas, muito bem orquestrados pela aptidão de Reginaldo: ‘Bodas de Cinzas‘ (RB), ‘Velho Barco‘ (RB e Nei Lopes) e ‘Depois do Silêncio‘ (RB).
O primeiro, tendo Leandro Braga ao piano, inicia com a voz empostada da soprano Anatasha. Em seguida, cantada por Reginaldo, a letra diz de um amor que se foi, versos esses que também podem traduzir o momento atual de toda uma geração, a nossa geração, que, sem o menor traço de melancolia, segue criando belezas, dando a cara a tapa: (...) São bodas de cinzas/ Que chegaram para nós/ É o canto do cisne/ Embargando a voz (...).
No segundo, em duo com Nei Lopes, levado pelo baixo de Daniel da Ilha e pela bateria de Celso Ribeiro (ele toca em todas as faixas) e acrescido do vocal de Débora Bessa (também filha de Reginaldo) e do piano de Agostinho Silva, o samba deságua num rico intermezzo do sax tenor de Dirceu Leite.
No terceiro, que empresta o título ao disco, Beatriz Bessa participa cantando com voz macia o samba de seu pai.
A escolha do repertório se mostra mais acertada quando privilegia as canções românticas de Reginaldo. Nas músicas que têm no humor o mote principal o resultado não é tão satisfatório. Por exemplo, a graça se perde em ‘Oliver Khan‘ (RB), gozação com o goleiro da seleção alemã derrotada pelo Brasil na Copa do Mundo de futebol de 2002 por 2x0. Se estamos há pouco mais de um ano da vexatória goleada, aqui mesmo no Brasil, de 7x1 para os alemães na semifinal da última Copa... sei não.
‘O Tempo‘ (RB) tem como grata surpresa a participação de Silvio César, outro cantor e compositor que eu não ouvia faz tempo. Para minha alegria, assim como Reginaldo, ele está cantando muito bem. Outra que me deixou boquiaberto foi Adelaide Chiozzo. Tocando acordeom e cantando em dueto com Reginaldo, sua participação em ‘Tropeiro‘ (RB e Nei Murce) é coisa linda.
Depois do Silêncio - 50 Anos de Música traz em si o poder da criação de um músico que teve e tem muito a dar à música brasileira.


Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4
 

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