Publicidade

Cuiabá, Terça-feira 09/09/2025

Colunas e artigos - A | + A

09.09.2025 | 11h20

Como a alimentação pode transformar a saúde do coração e da vida

Facebook Print google plus

Max Wagner de Lima

Divulgação

Divulgação

Quando pensamos em tratamento de doenças, geralmente nos vêm à mente remédios, exames e consultas médicas. Mas a ciência vem mostrando que existe um “medicamento” poderoso, acessível e, muitas vezes, esquecido: a comida.

 

Nos últimos anos, surgiu um movimento chamado “Food Is Medicine” (Comida é Remédio). A ideia é simples, mas revolucionária: usar a alimentação não apenas para prevenir doenças, mas também como parte do próprio tratamento médico.

 

O impacto da má alimentação:

Hoje sabemos que a má qualidade da dieta é uma das principais causas de morte cardiovascular no mundo. Estima-se que quase metade das mortes por problemas cardíacos nos Estados Unidos esteja ligada ao que se coloca no prato.
O consumo exagerado de ultraprocessados, açúcar, gorduras ruins e sal, somado à baixa ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e peixes, contribui para doenças como:


• Hipertensão
• Diabetes tipo 2
• Obesidade
• Infartos e AVCs

 

Além disso, a falta de acesso a alimentos saudáveis (a chamada insegurança alimentar) aumenta ainda mais o risco de complicações de saúde, especialmente em populações mais vulneráveis.

 

Como funciona o “Comida é Remédio”?

Esse conceito se traduz em programas dentro do sistema de saúde que integram a alimentação ao tratamento clínico. Alguns exemplos:

 

• Refeições personalizadas: pratos preparados de acordo com a condição do paciente (por exemplo, menos sal para hipertensos ou menos carboidrato refinado para diabéticos).
• Cestas ou kits saudáveis: entrega de alimentos selecionados por nutricionistas para que o paciente prepare em casa.
• Prescrição de hortifrúti: médicos e nutricionistas oferecem “receitas” que dão direito a frutas e verduras subsidiadas em feiras e mercados.


Esses programas muitas vezes incluem também educação alimentar e culinária, ajudando as pessoas a aprender a cozinhar de forma saudável e prática.

 

Resultados que a ciência já mostra:

Estudos recentes indicam que os programas de “Comida é Remédio” trazem benefícios reais:

• Melhora da qualidade da alimentação (aumento do consumo de frutas, verduras e grãos integrais).
• Redução da pressão arterial em hipertensos.
• Queda da glicemia em pacientes com diabetes.
• Diminuição de visitas a emergências e internações, reduzindo custos para o sistema de saúde.
• Mais qualidade de vida, com melhora da energia, da disposição e até da saúde mental.


Em outras palavras, alimentar-se bem pode ser tão eficaz quanto um remédio em muitos casos e sem os efeitos colaterais.

 

Equidade em saúde
Um ponto central desse movimento é a justiça social. Nem todos têm acesso fácil a alimentos frescos e nutritivos. Ao levar frutas, legumes e refeições adequadas para populações de baixa renda, o “Comida é Remédio” não só trata doenças, mas também reduz desigualdades em saúde.

 

O que isso significa para você
Mesmo sem participar de um programa oficial, você já pode aplicar esse conceito no dia a dia:
1. Inclua mais cores no prato: quanto mais frutas e verduras, melhor.
2. Prefira alimentos de verdade: arroz, feijão, peixes, castanhas, azeite, ovos.
3. Reduza ultraprocessados: biscoitos, refrigerantes, embutidos.
4. Converse com seu médico: pergunte sobre como a alimentação pode fazer parte do seu tratamento.

 

Conclusão
A medicina do futuro não será feita apenas de comprimidos e cirurgias. Ela passa pela mesa de jantar.
O movimento “Comida é Remédio” mostra que, ao unir ciência, sistema de saúde e nutrição, é possível prevenir doenças, tratar condições já instaladas e promover mais anos de vida saudável.

 

Porque, no fim das contas, a comida certa, na medida certa, pode ser o remédio mais poderoso que temos.

 

Max Wagner de Lima é cardiologista | Criador do Protocolo ROTINA
Alta performance, longevidade e medicina personalizada

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Está em pauta no STF o pagamento de até 6 meses de pensão pelo INSS a vítimas de violência doméstica afastadas do trabalho. Você concorda com a medida?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Terça-feira, 09/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.