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15.07.2025 | 12h05

Hepatites virais e diabetes; um alerta amarelo para você

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Mariana Ramos

Divulgação

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Julho é o mês de conscientização sobre as hepatites virais, e a campanha Julho Amarelo vem para reforçar a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas doenças silenciosas que afetam o fígado. O que muitas pessoas ainda não sabem é que há uma relação direta entre hepatites virais e diabetes, e este é um alerta que merece atenção.


As hepatites virais — especialmente as causadas pelos vírus B e C — podem permanecer assintomáticas por anos, danificando progressivamente o fígado. Mas o impacto não para por aí. Estudos científicos têm demonstrado que pacientes com hepatite C, por exemplo, apresentam risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2, devido às alterações metabólicas provocadas pelo vírus, que afetam a sensibilidade à insulina e o controle da glicose.


Além disso, pessoas com diabetes mellitus também têm maior risco de desenvolver formas graves das hepatites virais, caso sejam infectadas. Isso acontece porque o sistema imunológico pode estar comprometido ou porque o fígado já é mais vulnerável, devido ao estresse metabólico constante causado pela hiperglicemia.


Outro fator importante é o uso de materiais perfurocortantes no cotidiano de pessoas com diabetes — como agulhas, lancetas e glicosímetros — que, se não forem devidamente esterilizados ou descartados, aumentam o risco de contaminação, principalmente com o vírus da hepatite B.


A boa notícia é que as hepatites têm prevenção, tratamento e, em alguns casos, cura. A vacinação contra hepatite B está disponível gratuitamente no SUS para todas as faixas etárias, e é altamente eficaz. Já a hepatite C, embora ainda não tenha vacina, tem tratamento com medicamentos antivirais modernos, que podem eliminar o vírus em até 95% dos casos.


Nesse contexto, o Julho Amarelo é mais do que uma campanha de saúde: é um chamado à responsabilidade. Pessoas com diabetes devem fazer o teste para hepatites virais com regularidade, manter o cartão de vacinação atualizado e adotar práticas seguras no manuseio de insumos.


Cuidar do fígado é também cuidar do metabolismo, da imunidade e da qualidade de vida. Se você tem diabetes, converse com seu médico sobre a testagem para hepatites. Se você nunca se vacinou contra a hepatite B, procure uma unidade de saúde. A prevenção está ao seu alcance.


Neste Julho Amarelo, vamos quebrar o silêncio das hepatites e reforçar que informação e prevenção caminham lado a lado.


Mariana Ramos é endocrinologista na Fetal Care, em Cuiabá-MT.

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