06.11.2020 | 11h06
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A pandemia causada pelo novo Coronavírus alterou todas as facetas de nossa existência moderna, mas seu impacto mais dramático foi no futuro do trabalho. O vírus expôs as vulnerabilidades de nossa economia, forçando milhares de empresas a fecharem e deixando milhões de pessoas sem trabalho. A situação fez com que os empresários e pessoas que ficaram desempregadas construíssem novas formas para trabalhar e adotassem tecnologias, como a automação, para se prepararem melhor para o futuro. Isso está fazendo com que muitos de nós se perguntemos - de onde virão os empregos de amanhã? Por mais assustadoras que essas mudanças pareçam, a verdade é que haverá a oferta de muitos empregos, no entanto, a questão principal aqui é: teremos talento para preenchê-los?
A tecnologia impacta há muito tempo a forma como trabalhamos e exemplos como a automação e Internet Artificial (IA) se tornarão mais comuns nos próximos anos. Porém, essas revoluções tecnológicas não estão substituindo os humanos, estão criando mais oportunidades e novos empregos. Segundo um estudo realizado durante 10 anos pelo Center for Economic Policy Research, e publicado 2019, as empresas que não investem em automação reduzem as oportunidades de emprego em 20%, enquanto aquelas que investem criam 50% mais. Mas, com a mudança de posições temos também a mudança da forma como treinamos as pessoas. Hoje em dia, os treinamentos não são adequados para os empregos do futuro. É necessário repensar como treinamos e cultivamos talentos.
O setor de manufatura, por exemplo, lida com essas questões há muito tempo. Nossa indústria está projetada para ter 2,4 milhões de empregos não preenchidos até 2028, mas construímos um modelo de talento que pode criar um caminho para outros seguirem.
Como se adaptar aos empregos do futuro?
Primeiro, as empresas precisam priorizar programas de requalificação, de modo que as pessoas que trabalham agora estejam preparadas para os empregos do futuro. As novas tecnologias estão mudando a natureza dos trabalhos, passando da realização de tarefas monótonas e repetitivas para a resolução de problemas e os negócios especializados são um ótimo exemplo disso. Eletricistas agora serão eletricistas digitais, os trabalhadores da linha de montagem se tornarão programadores, e assim por diante.
A empresa de consultoria empresarial Deloitte relatou que apenas 17% das companhias fizeram “investimentos significativos” em iniciativas de requalificação. À medida que adotamos novas tecnologias, recai sobre nós a responsabilidade de preparar nossa força de trabalho para esses novos empregos.
A Stanley Black & Decker, por exemplo, fez parceria com a Ready Robotics para automatizar certas tarefas em diversas fábricas, e treinamos todos os nossos colaboradores que manuseavam os robôs.
Em segundo lugar, precisamos fazer investimentos inteligentes em educação para treinar a força de trabalho do futuro, afastando-nos de um foco singular na educação de quatro anos, e assim, criar caminhos mais sólidos para as gerações mais jovens ingressarem em escolas profissionais e comerciais que estão treinando trabalhadores para as habilidades de amanhã.
Não há melhor momento do que hoje, quando o valor de uma educação de quatro anos está sendo questionado como uma solução única para a educação em meio à pandemia. As empresas precisam fazer parceria com organizações para desenvolver currículos que reflitam as necessidades reais.
Esta é a melhor maneira de garantir que as pessoas sejam treinadas em habilidades do mundo real e que tenhamos o talento de que precisamos para os empregos do futuro.
Vale ressaltar também que as empresas precisam apresentar mais oportunidades para as pessoas desenvolverem suas habilidades, independentemente de sua formação educacional. Este mês, a Stanley Black & Decker apresentou um novo Programa de Liderança Profissional, uma iniciativa de longo prazo para oferecer aos funcionários de alto potencial, sem diploma universitário, o treinamento de que precisam para se tornarem líderes avançados. O programa também será lançado em toda a América Latina.
Terceiro, o setor privado precisa melhorar a imagem do emprego de setores específicos. Muitos empregos futuramente serão em indústrias, construção e outras profissões especializadas que são frequentemente estigmatizadas. É necessário que os jovens entendam que as profissões qualificadas de hoje não se parecem em nada com o que imaginavam - são empregos significativos e lucrativos. Uma coisa que aprendi em meu tempo na Força Aérea dos Estados Unidos é que a missão oferece um propósito, que é o que inspira as pessoas a seguir um determinado caminho.
O marketing e a publicidade têm o poder de inspirar as novas gerações e cabe ao setor privado lançar uma nova luz sobre essas carreiras. Na Stanley Black & Decker, pretendemos destacar esses caminhos de carreira de alto potencial por meio do Maker Month, uma celebração anual, realizada em outubro, dos makers e criadores moldando o mundo ao nosso redor.
Para que os três tópicos acima sejam mais fáceis de executar por todas as empresas, os governos precisam promover comportamentos certos por meio de incentivos fiscais e programas de concessão. Precisamos turbinar nosso ecossistema de capacitação criando políticas que estimulem os investimentos de que precisamos para ter sucesso. Assim, é preciso incluir bolsas para estudantes para educação profissionalizante e certificados e créditos fiscais para empresas.
Assim, podemos concluir que temos a chance de seguir com confiança para o futuro. Os empregos existem, mas iremos tomar as medidas necessárias para preparar nossa força de trabalho e preencher esses empregos? Apelamos a outras empresas do setor privado para se juntarem a nós no aproveitamento da oportunidade e na construção conjunta de um futuro melhor. Nós, da Stanley Black & Decker, sabemos o que precisamos fazer, agora vamos colocar e prática.
Mark Maybury é chefe do departamento de tecnologia da Stanley Black & Decker e ex-chefe de ciências da Força Aérea dos Estados Unidos.
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