29.06.2016 | 08h06
Saiu o resultado dos exames complementares sobre as circunstânciaS da morte de Rodrigo Lapa, o adolescente morto pelo padrasto Joaquim Lara Pinto, que é cuiabano, mas que morava em Portugal na época do crime.
A Polícia Judiciária (PJ) de Portugal informou que Rodrigo foi morto por estrangulamento, provavelmente pelo braço do autor do homicídio.
De acordo com o Instituto de Medicina Legal, os fios elétricos encontrados em torno do pescoço do jovem, não foram causadores da morte de Rodrigo. "Foi pura encenação, Joaquim Lara criou essa cena para dar tempo de fugir para o Brasil, já que é o único suspeito pelo assassinato".
A Polícia Judiciária de Portimão destacou que a mãe de Rodrigo Lapa, Célia Barreto, confessou o crime do ex-companheiro. "Ela disse que viu Joaquim enforcando Rodrigo e, que depois encontrou o filho desacordado".
Um investigador da Polícia Judiciária, que não ser identificado, contou que durante a reconstituição do crime, Célia acabou confessando que assistiu a discussão entre o companheiro e o filho. Joaquim Lara esperou Rodrigo sair do banheiro e o agarrou pelo pescoço, enquanto ele gritava o arrastou até a cozinha.
Célia disse que a partir daí não viu e não ouviu mais nada e alegou que só não fez nada porque teve medo de que o ex-companheiro lhe fizesse mal. No entanto, só no final do dia seguinte ligou para a polícia e falou do desaparecimento do garoto, permitindo que Joaquim Lara saísse de Portugal.
Apesar da confissão de Célia configurar o crime de não participação, o Ministério Público entendeu por enquanto não a colocar como cúmplice do assassinato.
Uma amiga da família de Célia, que não quis ser identificada, ressaltou que mesmo após a morte do filho, Joaquim continus ligando para a ex-companheira com quem tem uma filha de quase 2 anos.
"Eles mataram Rodrigo no domingo, quando desligaram o telefone celular dele. Na segunda-feira (22 de fevereiro), Joaquim viajou para Lisboa e embarcou para o Brasil. Só depois de 10 dias que encontramos o corpo de Rodrigo".
A PJ informou que Célia entrou em contradição várias vezes e que somente no último depoimento é que contou a verdade. "Joaquim e Rodrigo não se davam bem e sempre brigavam. No domingo a noite eles tiveram a última briga que causou a morte do jovem".
Agora, com o relatório dos exames concluídos, a Polícia Judiciária enviou uma carta rogatória para o Brasil, para que Joaquim Lara Pinto seja ouvido e conte o que aconteceu naquela noite.
Sonia Afonso, que é amiga do pai de Rodrigo Lapa, relatou que há 4 meses espera que a polícia brasileira prenda Joaquim Lara e que ele pague pelo crime. "Queremos justiça, porque Rodrigo era um menino, e esse monstro acabou com a vida de uma família".
Sonia ainda conta que a filha de Joaquim está em uma instituição para menores e que a família de Célia Barreto não quer saber da menina. "Se a família de Joaquim não vier lutar por esta criança ela será adotada e, nunca mais eles vão saber notícia da menina".
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