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Planilha da morte 28.05.2025 | 14h23

Grupo cobrava até R$ 250 mil para espionar e executar autoridades, diz PF

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (28) cinco suspeitos de integrar o grupo responsável pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá (MT).

 

Segundo as investigações, a organização criminosa chamada de “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos” mantinha uma planilha com valores estipulados para espionar e matar autoridades.

 

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A tabela continha preços que variavam de acordo com a “função” de cada vítima. Os valores iam de R$ 50 mil, para “figuras comuns”, a até R$ 250 mil, no caso de ministros do Judiciário. Veja abaixo a lista:

 

- “Figuras normais”: R$ 50 mil;
- Deputados: R$ 100 mil;
- Senadores: R$ 150 mil;
- Ministros/Judiciário: R$ 250 mil.

 

Ainda não está claro se as autoridades chegaram a ser monitoradas ou se a relação funcionava apenas como uma previsão de alvos. Os documentos indicam um planejamento detalhado, que incluía a locação de imóveis, o uso de disfarces como perucas e bigodes, além da contratação de garotas e garotos de programa como iscas para atrair vítimas.

 

Também há registros sobre o acionamento de dois drones, o que sugere uma estrutura articulada e voltada à prática de ações clandestinas e violentas.

 

A lista de materiais reunida pelo grupo revela o grau de militarização e o potencial letal de suas ações. Entre os itens citados no planejamento, estão:

 

- 5 fuzis de “snipper” (sic) com silenciador;
- 15 pistolas com silenciador;
Munição;
- Lança-rojão tipo AT-34 de ombro;
- Minas magnéticas e explosivos com detonação remota;
- 2 fuzis lançadores de dardos (tipo captura de animais);
- 5 veículos modelo Doblô usados;
- 5 carros pequenos/médios usados;
- Placas frias.

 

Entenda a operação
Durante as investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri — ocorrido em 2023 —, a Polícia Federal descobriu a existência de uma organização criminosa ligada à espionagem e a assassinatos por encomenda, envolvendo militares da ativa e da reserva.

 

Segundo as autoridades locais, Zampieri foi morto em Cuiabá em decorrência de uma disputa por terras no estado. O principal suspeito de ser o mandante do crime, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, teria desconfiado de uma possível aproximação entre o advogado e o desembargador responsável pelo caso.

 

Além dos cinco presos por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), foram cumpridos quatro mandados de monitoramento eletrônico e seis de busca e apreensão em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, além das medidas cautelares de recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato e saída do país, incluindo o recolhimento dos passaporte.

 

O advogado representava a parte contrária ao suposto mandante na disputa judicial pelas terras. Segundo os investigadores, a família dos acusados estava em posse do terreno, no município de Paranatinga, a 411 km da capital do estado, há mais de 20 anos.

 

De acordo com a polícia, o produtor rural decidiu executar o advogado quando percebeu que perderia a causa. Outras três pessoas foram indiciadas pelo crime, o executor, o intermediário e o financiador.

 

Relembre o caso
A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou, em julho de 2024, um fazendeiro apontado como mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri. O crime ocorreu em dezembro de 2023 em Cuiabá. Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, a motivação seria a disputa na Justiça por uma propriedade rural, avaliada em R$ 100 milhões.

 

Roberto Zampieri tinha 57 anos quando foi emboscado e morto a tiros em frente ao próprio escritório no bairro Bosque da Saúde, na capital mato-grossense, em 2023. A vítima foi atingida pelo menos dez vezes antes de descer do carro que dirigia. Equipes de emergência chegaram a atender o advogado, mas ele não resistiu e morreu no local.

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