DEU EM A GAZETA 05.12.2025 | 07h22

pablo@gazetadigital.com.br
Reprodução
Há exatamente dois anos o advogado Roberto Zampieri foi assassinado com 12 tiros ao deixar o seu escritório no início da noite de uma terça-feira, 5 de dezembro de 2023. A execução, que teria ocorrido por uma disputa de terra, evoluiu de uma investigação de homicídio comum para o epicentro de um dos maiores escândalos de corrupção do Judiciário brasileiro,
envolvendo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), outros Tribunais, além do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que estão sendo revelados pela Operação Sisamnes da Polícia Federal.
O crime chocou o Estado, já que o advogado estava em sua picape Fiat Toro quando, foi atingido pelo executor com 12
tiros em um bairro central da capital. Contudo, só passou a assombrar o judiciário matogrossense 240 dias depois, quando em 1º de agosto de 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho (recém-aposentado), após análise nas mensagens no celular do morto.
Porém, os sinais de que o caso envolveria o judiciário apareceram na primeira hora do assassinato, quando os peritos
analisavam a cena do crime, viram a tela do iPhone 14 brilhar, sinalizando que uma mensagem acabara de chegar.
Setenta e dois dias mais tarde, se soube que a mensagem era do desembargador Sebastião de Moraes, conforme o primeiro
relatório de análise do celular de Zampieri.
‘Zampieri. Convivemos em harmonia e respeito por maisde 25 anos. Ganhava e perdia nos meus votos e [você] sempre mostrava ser um advogado consciente. Deus o tenha. Que o receba de braços abertos.’, dizia a mensagem enviada pelo
desembargador minutos após o seu assassinato.
Após uma guerra jurídica da família para evitar que as mensagens fossem analisadas, a não ser as relacionadas com o crime, o CNJ decidiu solicitar o relatório da perícia no celular de Zampieri, e que embasou o afastamento dos desembargadores, e do juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica (MT).
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