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relatório da Unicef 21.02.2023 | 08h00

Seis em cada dez crianças e adolescentes estão em situação de pobreza no Brasil

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Seis em cada dez crianças e adolescentes vivem em situação de pobreza no Brasil, segundo relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), divulgado na terça-feira (14). São, ao todo, 32 milhões de pessoas de até 17 anos em estado de privação.

 

Para a elaboração do estudo, a agência considerou o conceito de pobreza multidimensional, voltado ao público infanto-juvenil. Nesta categoria, sete pontos são observados enquanto critérios: renda (para alimentação), saneamento, educação, moradia, água, informação e trabalho infantil.

 

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“A pobreza na infância vai além da renda. É a interrelação de várias privações de acessos a direitos a que crianças e adolescentes sofrem no país”, afirma Liliana Chopitea, chefe de políticas sociais, monitoramento e avaliação do UNICEF no Brasil.

 

A privação que afeta mais crianças e adolescentes no país é, segundo o Unicef, o saneamento básico, atingindo 21,2 milhões de meninas e meninos. Em seguida vêm o acesso à renda (20,6 milhões), à informação (6,2 milhões), à moradia adequada (4,6 milhões) e à educação (4,3 milhões).

 

Na pesquisa, as informações coletadas correspondem a distintos anos, dependendo do tema: 2019 (trabalho infantil), dados até 2020 (moradia, água, saneamento e informação), até 2021 (renda, incluindo renda para alimentação) e até 2022 (educação).

 

Por isso, o número de 32 milhões de crianças e adolescentes corresponde a 2019, já que este é o último ano no qual há dados disponíveis para todos os temas acima citados.

 

Depois da pandemia de Covid-19, segundo Chopitea, houve uma piora notável dos indicadores de renda, acesso à educação e à alimentação.

 

Negros e indígenas sofrem mais

 

O relatório recorta também os perfis das crianças e adolescentes mais atingidos pela pobreza dimensional.

 

Como em outros estudos de temas cujo foco a é desigualdade social, quem mais é afetado pelo problema são os negros e indígenas: 72,5% deste público estavam em situação de pobreza em 2019.

 

Por outro lado, 49,2% dos brancos e amarelos se encontravam em privação.

 

Considerados os estados das crianças e adolescentes, seis tinham mais de 90% de seus meninos e meninas neste cenário – todos nas regiões Nordeste ou Norte.

 

Desafios

 

O Unicef aponta, no relatório, nove desafios para reverter o atual cenário.

 

“Importante que o investimento melhore e também as políticas sociais para crianças e adolescentes, e que as políticas sejam planejadas de maneira intersetorial: a saúde, educação e a renda têm que acompanhar o investimento, em dimensões que precisam de investimento, como água, saneamento e moradia”, afirma Liliana Chopitea.

 

Confira os desafios propostos:

 

- Priorizar investimentos em políticas sociais;
- Ampliar a oferta de serviços e benefícios às crianças e aos(às) adolescentes mais vulneráveis;
- Fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente;
- Implementar medições e o monitoramento das diferentes dimensões da pobreza e suas privações por um órgão oficial do Estado;
- Promover a segurança alimentar e nutricional de gestantes, crianças e adolescentes, garantindo a eles(as) o direito humano à alimentação adequada e reduzindo o impacto da fome e da má nutrição nas famílias mais empobrecidas;
- Implantar com urgência políticas de busca ativa escolar e retomada da aprendizagem, em especial da alfabetização;
- Priorizar, no âmbito das respectivas esferas de gestão, a agenda de água e saneamento para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas;
- Implementar formas de identificar precocemente as famílias vulneráveis a violências, incluindo trabalho infantil;
- Promover e fortalecer oportunidades no ambiente escolar e na transição de adolescentes para o mercado de trabalho.

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