DEU EM A GAZETA 14.08.2025 | 06h41
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CHICO FERREIRA
Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) possui amostras de 316 restos mortais que seguem sem identificação dentro do banco de perfis genéticos de Mato Grosso. Os dados, que são da Coordenadoria de Perícia em Biologia Molecular, revelam ainda 427 perfis genéticos de familiares que doaram o material de DNA para ser inserido no banco. Somente esse ano foram identificadas 19 vítimas pelo banco de perfis genéticos.
Um destes reconhecimentos é de um corpo localizado em 2014, que acabou sendo enterrado como indigente. Também neste ano, 16 corpos foram enterrados sem identificação. Neste cenário, a coordenadoria revela que encontra algumas dificuldades de identificação, que depende de insumos e equipamentos. O laboratório em Cuiabá atende o estado todo. Presidente do Núcleo de Identificação Humana, a perita oficial criminal Kesia Renata Lopes destaca que em alguns casos a identificação vai ser mais longa por diversos fatores.
“Depende do estado da amostra que é encaminhada, se for uma ossada, se for já um corpo esqueletizado, um corpo carbonizado. Então, essa é uma amostra que demanda um tempo de processamento um pouco mais longo. As etapas de você analisar o osso são mais demoradas”.
A perita cita ainda a questão da logística, por ser um estado muito extenso. Segundo Késia, há unidades da Politec do interior que estão a mil quilômetros de distância. “Demora um tempo para que essa amostra coletada, que precisa ser identificada, chegue ao nosso laboratório. Depende ainda de familiares doarem amostras.
O familiar também precisa se deslocar até uma das unidades da Politec para doar a sua amostra biológica, o DNA, para fazer o confronto”. Késia complementa que os fatores que realmente irão impactar é a disponibilidade de equipamento e insumo.
“A logística dessas amostras, tanto da vítima quanto dos familiares, chegar até o laboratório para esse confronto e o tipo de amostra que está processando, analisando se é um osso, se é um músculo, se é sangue. Sangue e músculo tendem a ser amostras que a gente processa mais rápido. O osso, um dente, demora mais”.
COLETA
A coleta de DNA é realizada de forma contínua e gratuita em Mato Grosso. É necessário registrar o boletim de ocorrência do desaparecimento e procurar uma delegacia da Polícia Civil para ser formalmente encaminhado à unidade da Politec mais próxima.
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