ENQUETE DO GD 06.09.2025 | 15h52
fred.moraes@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
Nos últimos dias do mês de agosto, que traz consigo a campanha ‘Agosto Lilás’, pela conscientização e fim da violência contra a mulher, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT)rejeitou a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sobre os crimes de Feminicídio, proposta pela deputada estadual Edna Sampaio (PT), por retiradas de assinaturas. O resultado da ação de deputados ligados a ala governista gerou forte repercussão social, refletida também em uma enquete pelo de 30 de agosto a 6 de outubro.
Segundo os participantes, a maior parte considera a decisão dos parlamentares um retrocesso. 62% classificaram como “uma vergonha para aqueles que foram contra a apuração” e declararam apoio à instalação da comissão.
Já 31% afirmaram não acreditar na eficácia de CPIs, defendendo que o enfrentamento à violência contra a mulher deve começar pela educação de meninos e meninas desde cedo, para desconstruir o machismo que leva a tantas mortes.
Outros 7% avaliaram que, caso realmente exista um acordo para buscar o combate ao feminicídio por outros caminhos, a escolha pode ser válida, como por exemplo a Comissão Temática, uma mesa técnicas de debates sobre o tema.
A criação da CPI tinha como objetivo investigar a escalada de feminicídios em Mato Grosso, que ocupa os primeiros lugares no ranking nacional desse tipo de crime. A deputada Edna Sampaio, autora do requerimento, argumentou que a comissão seria um passo importante para mapear falhas do Estado no enfrentamento ao problema.
Apesar da mobilização de entidades e coletivos de mulheres, a proposta não obteve apoio suficiente entre os deputados estaduais e foi barrada.
Como mostrou o , a CPI do Feminicídio foi proposta ainda em 20 de agosto, quando a deputada petista completou uma semana na Casa. No dia, Edna disse que ao menos 9 deputados assinaram o pedido. Já na segunda-feira (25), a deputada recebeu a informação de que dois pares adentraram no movimento, e posterior, outros dois deputados incrementaram o pedido, saltando para 13 assinaturas. Na quarta-feira (27), quando levada a apreciação na Mesa Diretora, descobriu que 6 deputados deixaram o requerimento. Com isso, apenas 7 assinaturas permaneceram, impossibilitando a abertura, já que o mínimo necessário é 13.
Atualmente, dos 24 deputados, apenas 3 são mulheres. Contudo, somente Janaina Riva (MDB) titular. Edna e Sheila Klenner (PSDB) são suplentes e logo deixarão
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