UM DOS MAIS LETAIS DA HISTÓRIA 26.12.2025 | 17h30

redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
A BR-163 foi palco de um dos acidentes mais graves na história de Mato Grosso, com o maior número de mortos. Foi na noite de sexta-feira, 8 de agosto, quando um ônibus de viagem e um carreta se colidiram em trecho da rodovia, na altura de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá). Além dos 11 mortos, outras pessoas ficaram feridas.
Conforme noticiado o
, o acidente ocorreu por volta das 21h40, do km 648 da rodovia. O ônibus da empresa Rio Novo Transportes seguia de Cuiabá para Sinop quando bateu de frente com uma carreta Volvo FH 440. O impacto foi devastador e mobilizou equipes de resgate, perícia e atendimento médico de toda a região.
Ao todo, 56 pessoas ficaram feridas, sendo que delas, 11 não resistiram e acabaram morrendo. Outras 26 foram encaminhadas para unidades de saúde em estado moderado, 11 em estado grave e 8 apresentaram ferimentos leves. O motorista da carreta também foi socorrido em estado grave.
A rodovia ficou totalmente interditada por horas para os trabalhos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e para a remoção dos veículos.
As vítimas fatais identificadas foram: Maria Eduarda de Matos Catuta Ferreira Martins, 29 anos (Sorriso), Gabriel Mendes Sanqueta, 20 anos (Sinop), Marinalva Sobeira dos Santos, 33 anos (Sinop), Francisco das Chagas Nascimento Silva, 22 anos (Sinop), Alcione Ferreira Lima, 51 anos (Sinop), Laura Simone Garcia Corrêa Kolling, 52 anos (Nova Mutum), e Eileen Naiely da Silva, 20 anos (Nova Mutum). As identificações foram realizadas por meio de exames de necropsia e reconhecimento papiloscópico nas unidades da Politec de Nova Mutum, Sorriso e Sinop.
Dor e saudade
Entre as vítimas estava a médica Maria Eduarda de Matos Catuta Ferreira Martins, de 29 anos. Natural de Cuiabá, ela era formada pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) e fazia residência em Pediatria no Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro, em Nova Mutum. Reconhecida pelo profissionalismo, empatia e dedicação, Maria Eduarda era descrita por colegas e pacientes como uma médica atenciosa e apaixonada pelo cuidado com crianças.
Em entrevista, a tia da médica, Alice Matos, a descreveu como “uma menina linda por fora e por dentro”, destacando o carinho com que exercia a profissão. Em novembro do ano anterior ao acidente, Maria Eduarda havia se casado com o companheiro de nove anos, com quem planejava formar família. Mesmo com a rotina intensa da residência médica, mantinha o hábito de retornar a Sorriso sempre que possível para estar com o marido.
A dor da perda se espalhou por diferentes regiões do Estado, atingindo famílias que, em poucos segundos, tiveram sonhos interrompidos e rotinas transformadas em luto e na saudade do que não poderá mais ser vivido. O acidente foi um dos episódios mais marcantes de 2025 em Mato Grosso.
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