DEU EM A GAZETA 28.09.2025 | 07h00
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Entre janeiro e agosto deste ano, já foram instaurados pela Polícia Civil em Mato Grosso 150 Autos de Infração (AI) por ato infracional análogo ao crime de estupro, praticado por adolescentes, menores de 18 anos. O montante representa 76,9% dos estupros investigados em 2024, que totalizaram 195, contra 185 em 2023. Nos três anos foram investigados 530 estupros. Em relação aos AI de homicídios consumados já são 48 cometidos por menores este ano. Em 2024 foram 91 ao total. O mais recente foi da vítima Samara Aparecida Conceição, 34 anos, morta por asfixia por quatro adolescentes, entre eles a filha de 13 anos, no dia 11 de setembro, na cidade de Colíder (650 km ao norte).
Na opinião da delegada Jozirlethe Magalhães Criveletto, que comanda as duas maiores Delegacias Especializadas do Adolescente (DEA), em Cuiabá e Várzea Grande, os adolescentes e jovens não estão conseguindo mais absorver a palavra ‘não’. Cita o caso de Samara, assassinada porque era contrária ao namoro da filha com um adolescente de 16 anos, parceiro dela no feminicídio.
“Muitas vezes os pais, a família, estão deixando de transmitir para os nossos adolescentes a moral, a ética, aquilo que é correto. Têm transferido essa educação para a própria internet, ou muitas vezes até para a escola ou terceiros. Ou seja, terceirização da educação que seria aquele primeiro pilar de moral, de o que seria correto, o que seria digno, e infelizmente, esses adolescentes têm aprendido com a internet”. Exemplifica com o caso de Colíder, em que a adolescente aprendeu o golpe usado para matar a mãe dela pela internet.
As redes sociais por meio de comunidades virtuais têm sido mal utilizadas e estão propagando aquilo que é ilícito e ensinam a praticá-los, aponta Jozirlethe. Lembra que os adolescentes se inspiram em maus exemplos que estão nas redes sociais.
“Se nós formos fazer uma análise de quais são os fatores que estão influenciando para que esses crimes venham a acontecer, ainda, infelizmente, é o mal uso das redes sociais por parte dos nossos adolescentes, ou seja, sem nenhum tipo de fiscalização por parte da família, dos pais, sem que nós tenhamos um controle sobre quais tipos de assunto que eles hoje estão se utilizando, vendo, e estão consumindo nessa internet”, alerta a delegada.
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