JOGO DO BICHO 05.06.2019 | 11h00

redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
Frederico Coutinho Müller, apontado como líder da organização criminosa FMC Ello, ficou em silêncio durante a oitiva, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (04), na Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz).
Ele é um dos presos na Operação Mantus, que desarticulou na última semana duas organizações criminosas acusadas de lavagem de dinheiro e exploração do jogo do bicho em Mato Grosso.
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À imprensa, o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), informou que além de Frederico, Eduardo Coutinho Gomes também não se manifestou.
“Esses dois disseram que só vão se manifestar em juízo, é um direito. Só o Edson que confessou, disse que fazia parte da organização e que arrecadava valores”.
Edson Nabuo Yabumoto foi apontado pelas investigações como o arrecadador de valores em Tangará da Serra e região.
“Ele disse que participava, mas não deu muitos detalhes. Tem pouco conhecimento sobre o funcionamento”, disse o delegado.
Além de confirmar que atuava no esquema da FMC Ello, teria citado ainda o nome de Frederico como o líder.
“Edson contou que ganhava R$ 2 mil, que saia da porcentagem da arrecadação do jogo do bicho”.
Colaboração
O delegado acredita que faz parte da defesa dos acusados a orientação para não se manifestar durante as oitivas. “Eles dizem que precisam se aprofundar no teor da investigação”.
Por outro lado, Stringueta afirma que a Justiça vê com bons olhos quem tem a postura de colaborar e contribuir com a investigação.
“Os interrogatórios não nos auxiliaram muita coisa, mas temos provas suficientes contra cada um deles e duvido que consigam algum habeas corpus nos próximos dias”.
A polícia irá ouvir nesta quinta-feira, na sede do GCCO outros 4 presos, entre eles, João Arcanjo Ribeiro.
Operação Mantus
Deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) no dia 29 de abril, a Operação Mantus desarticulou 2 organizações criminosas que exploravam o jogo do bicho em Mato Grosso.
Foram presos na operação João Arcanjo Ribeiro, seu genro, Giovanni Zem Rodrigues – apontados como líderes da Colibri -, além de outros membros da organização, como cobradores, assessores e arrecadadores.
Já da segunda organização, FMC Ello, Frederico Müller Coutinho foi apontado como líder. Ele está preso ao lado de outros membros do grupo.
Os 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão, foram expedidos pelo juiz da 7º Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
Durante o cumprimento dos mandados, policiais encontraram grande quantia de dinheiro com os suspeitos, bem como anotações do jogo do bicho.
Foi identificada durante a investigação, a movimentação milionária nas contas dos suspeitos, que serviu como base para o entendimento de lavagem de dinheiro.
As duas organizações movimentaram, segundo a polícia, cerca de R$ 20 milhões no período de 1 ano.
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