Deu em A Gazeta 25.02.2022 | 07h17

elaynemendes@gazetadigital.com.br
ABr/Agências Internacionais
A tensão causada pela guerra entre a Rússia e Ucrânia ultrapassa o continente europeu e atinge brasileiros e estrangeiros que moram no Brasil, que temem pela vida dos familiares que residem nos países em conflito e naqueles que fazem fronteira com eles. Descendentes e nativos das nações em guerra contam como está sendo o contato com irmãos, sobrinhos e tios e relatam o clima de extremo medo com a incerteza do amanhã. Diante do cenário, alguns já pensam na possibilidade de receber os parentes em terras brasileiras.
O empresário Krzysztof Rafal Dechton, 43, é polonês mas, desde fevereiro de 2000, vive no Brasil. Após passar por Curitiba (PR) e Salvador (BA), no ano passado se mudou para Cuiabá. Diz que está acompanhando de perto o conflito entre Rússia e Ucrânia, já que os Estados Unidos da América (EUA) estão montando a sua base de apoio dentro da Polônia, país onde reside toda a sua família. A Ucrânia representa a luta pela liberdade do regime soviético, não só do seu território, mas de toda Europa.
Segundo Dechton, a guerra irá atingir seu país de origem de toda forma, pois a Polônia está nitidamente posicionada contra o regime soviético defendido pela política do governante Vladimir Putin. Meus tios, irmãos, cunhadas e sobrinhas vivem lá. E a Polônia é o país mais próximo ao conflito. Estou com medo, pois meus familiares moram a cerca de 30 quilômetros da divisa com a Ucrânia.
Nesta quinta-feira (24), Krzysztof falou com familiares família por vídeo chamada e todos se mostraram apreensivos com os próximos passos da guerra instalada no território europeu. Estou bem aqui no Brasil. Tenho empresa em Curitiba e em Cuiabá, se for preciso eles virão para cá.
Além de conversar com seus parentes, o empresário, que também faz parte da diretoria da Sociedade União Juventus, instituição que representa poloneses no Brasil, falou com outras pessoas de sua terra natal para saber sobre as necessidades delas diante do cenário de guerra. Fazemos contatos com civis e autoridades sobre o conflito e é claro que todos estão com medo do que pode ocorrer nos próximos dias.
Dechton salienta que é por estes e outros motivos que saiu da Polônia para nunca mais voltar.
Pedindo orações
A ucraniana Olya Chuhui, 26, mora em Cuiabá desde 2016 e manifestou sua preocupação com os familiares que estão no seu país de origem. Em uma rede social, ela contou que acordou nesta quarta-feira (24) com a declaração de guerra do presidente da Rússia, contra a Ucrânia. Segundo ela, Putin está armando um golpe contra seu país, pois está atacando todas as cidades da Ucrânia que possuem pontos militares importantes. Minha família está lá e eu estou orando pelo melhor. Única coisa que peço é que orem comigo.
Olya, que trabalha com a fabricação de doces na capital mato-grossense, saiu da Ucrânia para se casar com um cuiabano. Porém, sua família continuou no país onde ela nasceu. Explica que eles estão bem, mas vivem muito próximo à fronteira com a Rússia, o que justifica o medo que ela está sentindo.
A preocupação maior é com os parentes que vivem em Kiev, capital da Ucrânia. Ela salientou que tem amigos russos e ucranianos e que a guerra não é entre os povos e sim por questões políticas. Por fim, agradeceu a todos que estão mandando mensagens de apoio. De coração agradeço pelo apoio das pessoas que me mandaram mensagem para apoiar e rezar comigo.
Em Primavera do Leste existe uma colônia Russa. A reportagem fez contato com diversos moradores, mas ninguém quis dar entrevista. Todos relataram receio em falar.
Confira reportagem completa na edição do Jornal A Gazeta
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