durante a aula 25.03.2025 | 15h49
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
Um estudante da Escola Estadual Professora Almira de Amorim Silva, identificado como R.A.P.L.S, 35, denuncia ter sido vítima de racismo durante a noite de quinta-feira (20), por parte dos alunos e do professor. Ele conta foi chamado de “Neguinho do Planalto” várias vezes, apesar de ter repreendido os suspeitos.
Ao , o aluno contou que, durante um simulado de biologia, dois alunos da sala começaram a chamá-lo de neguinho e continuaram por várias vezes, mesmo diante do constrangimento e pedidos do homem para que parassem.
A agressão verbal foi reforçada pelo professor da disciplina, que repetiu o comportamento dos demais alunos. Ele conta que, durante a chamada, o mesmo professor o chamou de "Neguinho", em vez do nome do aluno. O apelido voltou a ser repetido durante o ensino do conteúdo.
Leia também - Bombeiros acham corpo de jovem de 16 anos que se afogou em MT
“Ele estava explicando algo no quadro quando me chamou de neguinho e eu não gostei. Falei que não me chamasse assim e ele se irritou. Começou a falar que, se eu não quisesse estudar, era para pegar minha transferência e ir embora. Depois disso, começou a me xingar de ‘noiado’ e vagabundo, me constrangendo na frente dos alunos. Em resposta eu xinguei ele, mas foi só isso que eu respondi”, explica.
Depois da discussão, o professor saiu da sala e foi até a secretaria pedir a transferência do aluno, dizendo que não queria sua presença na escola.
“Chegando na secretaria, o professor falou na frente do coordenador, que, se eu o xingasse na rua, iria me dar um tiro na cara. Eles pediram minha transferência e me obrigaram a sair da escola, eu me recusei porque eu estava no meu canto lendo e não fazia nada de errado. Então, ele chamou a Policial Militar para me retirarem da escola e o professor alegou aos policiais que eu estava fazendo uso de cocaína, sendo que não estava”, ressalta a vítima.
O estudante conta que os policiais ainda fizeram uma checagem em seu nome e constataram que não havia nada contra ele. “No momento de devolveu meu RG, o professor pegou meu documento e tirou foto. Eu o questionei e ele disse que foi porque desacatei um servidor público”, lembra a vítima.
A vítima teve que pegar a transferência, mesmo contra sua vontade, e foi escoltada até a parte de fora da escola. Ainda na tarde de sexta-feira (21), ele registrou um boletim de ocorrência por injúria racial. Ele é aluno da Educação de Jovens e Adultos.
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), mas até o momento da publicação desta matéria não obteve retorno.
Esta matéria foi produzida por meio de sugestão de um internauta. Você também pode participar, enviando o pedido ao WhatsApp do Gazeta Digital. Clique aqui para enviar sugestões, fotos e vídeos no número (65) 9 9987-2065. Ou no inbox do Facebook e Instagram.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.