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Deu em A Gazeta 23.06.2022 | 08h06

Comunidade fecha e moradores voltam para as ruas da região do Porto

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João Vieira

João Vieira

Se antes diziam que estávamos em situação de insalubridade, agora estamos em vulnerabilidade social, com risco até de morte. A fala é de Weberton Nascimento, 36. Ele era um dos quase 400 abrigados na Comunidade Valente de Davi, que fechou definitivamente as portas no último domingo (19) após decisão judicial. Weberton, que estava há um ano na comunidade, volta a morar nas ruas. A casa agora é a região do Porto, em Cuiabá, mesmo local que morou quando chegou na capital, vindo do Espírito Santo. Ele diz que pelo menos metade dos moradores da comunidade tomou a mesma decisão, voltar às ruas.

 

Órfão, Weberton conta que morava no Espírito Santo e com a pandemia ficou desempregado. Sem nenhum familiar e sem dinheiro para o aluguel, decidiu tentar a sorte na capital mato-grossense. Em Cuiabá, ficou sabendo da comunidade Valente de Davi, onde foi acolhido até uma semana atrás. Inconformado com o fechamento, Weberton diz que a decisão de muitos de não ir para os albergues é devido ao cerceamento do direito de ir e vir, além da privacidade não respeitada. Cheguei a tentar ir para um hotel oferecido pela prefeitura, mas num dia que cheguei mais tarde do serviço não deixaram eu entrar. Fora que essas pessoas de albergues não estão preparadas para lidar com o alcoólatra e o drogadicto.

 

Weberton diz que o problema, que era insalubridade de uma casa, vai respingar em toda Cuiabá. Agora calcula todas essas pessoas nas ruas. Como as mortes, os furtos vão aumentar. Agora sim a casa vai dar notícia, um tanto desse de gente na rua vai dar problema social.

 

Rômulo Soares de França, 28, estava há mais de 12 anos na comunidade terapêutica. A dependência química começou ainda criança, aos 12 anos. Aos 15, através de um pastor, conheceu a Valente de Davi. Já fez das ruas do CPA I, da região do Porto, do Morro da Luz e muitos outros lugares a sua moradia. Depois de ter um lugar para dormir, ter onde comer e também poder trabalhar, eu estou de volta às ruas. Hoje, para comermos, dependemos da boa vontade das pessoas. É muito triste essa situação, retornarmos a uma rotina degradante, voltar a ser uma pessoa desacreditada, afirma.

 

Confira a reportagem completa na edição do Jornal A Gazeta 

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