DA NOSSA CULTURA 25.08.2024 | 13h21
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Divulgação
A feira livre é onde circulam pessoas de todos os tipos, sejam vendedores, compradores e aquelas pessoas que só vão para a diversão. Não é apenas o comércio de frutas, legumes, verduras ou outros itens alimentícios. As pessoas que ali frequentam podem contar com uma infinita variedade de produtos e prestação de serviços.
O espaço é democrático. Há ainda os que vão para observar, caminhando e pechinchando, procurando algo específico, aqueles que criam laços de afetividade, que vão à feira encontrar e prosear com os feirantes ou pessoas que ali transitam.
Para falar um pouco sobre como é a rotina dos feirantes, o percorreu algumas das 48 feiras localizadas em ruas, praças e avenidas nos bairros da capital.
Crescêncio Neves de Santana, 58, que é morador da comunidade Lajinha área rural do Distrito de Guia, conta que sobrevive da feira livre e que há 30 anos e é dos feirantes da região central realizada toda quinta-feira ao lado da igreja Boa Morte, ele conta que sempre trabalhou como feirante. Que através da feira conseguiu criar os 3 filhos e levar os sustentos para a família.
"Com o dinheiro da feira, eu consegui formar meus filhos e levar sustento para minha família", relata o feirante.
Crescêncio conta ainda que os produtos vendidos em sua banca são variados e por época, por exemplo, agora ele está comercializando galinha caipira, farinha, leite, rapadura e poupa de tamarindo, único fruto que nesta época é fartura em seu quintal. Mas que também comercializa verduras como abóbora, mamão e limão.
O trabalhador diz ainda que tudo comercializado em sua banca é de produção própria, desde a plantação até a produção em sua propriedade na zona rural.
"Tudo vendido na feira é plantado, colhido e produzido por nós mesmos, entre família, não dá para pegar de terceiros para revender, assim fica mais caro e não tiramos lucros".
Adão Manoel de Souza, 67, natural de Goiás e morador de Várzea Grande, é feirante há 25 anos. Conta que desde 1995, quando chegou em Mato Grosso, trabalha vendendo verduras na feira do CPA 3, conhecida como "feira da caixa d'água". O comerciante explica ainda que, com a venda de folhagem, tirou os sustentos da família e criou 7 filhos.
O Adão que é conhecido cariosamente pelos amigos de banca por "careca" conta que a vida toda foi trabalhando com hortaliça (folhagem), que o carro chefe de sua banca é a alface colhida em sua propriedade e que há outros tipos de folhagem comercializados que são pegos de terceiros para revender em sua banca. E que não se ver fazendo outra coisa que não seja plantando "folhagem" e que através da hortaliça adquiriu seus bens materiais.
"Não me vejo fazendo outra coisa que não seja na cultivação de folhagem, isso dá muito dinheiro, é só a pessoa querer que consigue", relata o feirante.
E para homenagear os feirantes que estão espalhados por todo o território brasileiro e que acordam cedo para levar produtos frescos e de qualidade para os consumidores e para a mesa das famílias, foi criado o dia do feirante, que é comemorado no dia 25 de deste mês.
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Algodão
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Boi à vista
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Soja Disponível
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1,06%
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