Demanda por sementes certificadas deve superar 49 milhões de sacas até 2027

O embarque e transporte de sementes está em plena atividade com o início do plantio da soja em Mato Grosso, estado líder na produção nacional. A expectativa é de uma safra recorde, com estimativas da consultoria Safras & Mercado apontando para uma colheita de quase 180 milhões de toneladas em todo o país. Esse cenário promissor tem impulsionado a demanda por sementes de alta qualidade, consideradas um dos pilares para o sucesso da lavoura.

A procura por sementes certificadas deve chegar a 48,3 milhões de sacas em 2025/26 e 49,2 milhões em 2026/27 no país, segundo dados da Céleres Consultoria para a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS).

A escassez já é uma realidade em MT. Conforme a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), o volume de sementes produzido por Mato Grosso é de aproximadamente 12 milhões de sacas. Contudo, diante da demanda, precisa adquirir cerca de cinco milhões de toneladas de outros estados.

Uma das empresas que se prepara para atender a essa crescente demanda é a Polato Sementes. Com mais de 40 anos de experiência, a empresa mato-grossense projeta produzir 600 mil sacas de sementes de soja em 2025 e ampliar a oferta nos próximos anos. O foco é ofertar sementes com alta qualidade genética, que trazem maior segurança para atingir boas produtividade da colheita, explica Jeferson Andrade, agrônomo, mestre em Tecnologia de Produção de Sementes e gestor Comercial da Polato Sementes.

O uso de sementes certificadas pode aumentar a produtividade em até 30%, ao assegurar pureza genética, sanidade e suporte técnico. Para Andrade, a opção por sementes legais garante que a genética da semente expresse seu máximo potencial, fortalecendo toda a cadeia produtiva.

“Sementes de qualidade impactam diretamente no resultado econômico da lavoura. Elas passam por rigorosos processos de controle que asseguram pureza genética e fisiológica. Permite que as lavouras atinjam seu máximo potencial genético. Embora a semente pirata pareça mais barata no momento da compra, ela reduz a produtividade, eleva riscos sanitários que podem comprometer drasticamente a lavoura, além de ser considerado crime contra a propriedade intelectual e contra a legislação de sementes e mudas no Brasil”, avalia.