Em protesto, educadores cobram reajuste e segurança

Servidores da Educação de Cuiabá e cidades do interior se reúnem em ato na Assembleia Legislativa. Dia de Paralisação Nacional dos Profissionais da Educação Pública reivindica atendimento de demandas da classe como reajuste salarial e de carreira.

Com trio elétrico, fantasia, música e gritos de protesto, os profissionais lotaram a frente do Legislativo estadual, onde irão entregar suas pautas aos deputados.

Após concentração na Assembleia, os manifestantes seguem em passeata até a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc) e Palácio Paiaguás.

“Além do pagamento integral da RGA, queremos segurança nas escolas e sejam sanados problemas administrativos, como o web ponto. Tem uma série se inconsistências, que têm tirado o sono dos trabalhadores. Além da alta demanda do trabalho e baixo número de servidores”, destaca o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valtenir Pereira.

O sindicalista afirma que a Revisão Geral Anual (RGA) de 2019 não foi paga integralmente. Ele justifica que para o salário dos professores, isso faz muita diferença “tem professor que ganha mil e pouco”, frisa.

“O pagamento da RGA não é um reajuste real é só a revisão pela perda da inflação. Vemos aí que o que compramos há 4 anos, mas não é possível adquirir hoje com o mesmo valor. O professor passa muita dificuldade, basta ver a quantidade de consignado que eles têm”, relata.

Segundo o presidente, o temor quanto a ataques ainda é presente nas escolas. Ressalta que é preciso mais vigilância, presença humana. Para ele, as câmeras já existiam e é um passo, mas precisa de profissionais.

“O monitoramento da câmera é longe, a 20 km, se acontecer alguma coisa até a polícia chegar lá o estrago já está feito. As câmeras ajudam, mas é preciso vigias”, argumenta.

Requerimentos da classe
Aplicação do reajuste do piso salarial inicial e na carreira para os/as profissionais da educação
Revogação do Novo Ensino Médio (NEM) na rede estadual
Garantia de política salarial com “ganho real” que recomponha as perdas salarias ocorridas com a fim da Lei 510/2013
Pagamento integral da RGA
Fim do confisco nos salários de aposentados/as e pensionistas (14%)
Curso do Pro-funcionário e do Curso de Nível Superior para os funcionários/as das escolas.
Segurança nas escolas com vigias nos turnos de funcionamento
Por garantia de merendeiras e pessoal de limpeza necessários nas escolas
Por concurso público na educação