Família 'unida pelo Guns' se prepara para show em Cuiabá

Desde muito cedo, o cuiabano Augusto Nery, 30, cresceu em meio ao som da banda icônica Guns N´Roses. Influenciado pelos pais, ele e o irmão mais novo se recordam dos discos tocados na vitrola e do pai grudado ao violão repetindo os acústicos. Com entusiasmo, a família já tem ingressos garantidos para o show do grupo que fez parte de tantos momentos marcantes em suas vidas e que promete trazer mais uma memória, desta vez em Cuiabá. Nesta sexta-feira (31), os músicos norte-americanos vão se apresentar pela primeira vez em solo mato-grossense, na Arena Pantanal.

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O fascínio da família pela banda estrangeira teve início com o pai de Augusto, Elisiario Nery, 54. Na época de lançamento do primeiro álbum, Appetite for Destruction, ele e mais alguns amigos compraram o LP lançado há 38 anos. O disco vendeu 30 milhões de cópias no mundo todo e também se tornou trilha sonora de sua vida, inclusive o acompanhou no início de namoro com sua futura esposa.

Quando ainda tinham 19 anos, o casal trabalhava na mesma empresa. Elisiario costumava usar camisas com estampa da banda. Percebendo o interesse em comum, Marilei de Oliveira Nery, 54, passou a conversar com ele. Em especial, a faixa “Patience” do primeiro disco foi a que engatou o romance.

Após casados, os dois fãs passaram a influenciar o gosto musical dos dois filhos, apresentando também bandas como britânicas como Pink Floyd e Black Sabbath, além do Iron Maiden e Led Zeppelin. Guns N´Roses , no entanto, foi o mais marcou o filho mais velho.

“Eu ficava à tarde inteira escutando de tudo, mas um dos meus favoritos era o Guns N´Roses. Eu gostava muito da capa do disco eu achava ela muito animal, muito bonita. Appetite for Destruction é aquele raro momento em uma banda lança um disco e todas as músicas são inacreditáveis”, relembra Augusto ao .

Para o fã cuiabano, o que a banda tem de mais especial é a constância, a músicas que são um clássico e a identidade visual diferenciada do final dos anos 80.

“O amadurecimento da banda em si. Eles passaram por muita coisa, separaram, voltaram. Mas toda a discografia deles eu acho muito legal, são uma banda consistente. Não dá para falar de Rock in Roll sem falar de Guns N' Roses. Eles já atingiram aquele panteão dos Deuses”, argumenta.

Apesar de já tiverem tido a oportunidade de assistirem outros shows internacionais entre a família, como o do Roger Waters em São Paulo, o evento ‘em casa’ parece ser ainda mais especial. Junto com a esposa, os pais, o irmão e a cunhada, o programador de software tem grande expectativa para a apresentação, ainda mais por aproveitar em família.

“É inacreditável, Cuiabá é uma das capitais menores do Brasil, em termos de população. Uma banda dessas aqui, beira ao inacreditável, é bem empolgante. É a consolidação de laços em que vamos gerando a vida inteira. A música, como outras artes, acaba criando significado para esses laços, e a gente acaba se identificando mais, se fortalecendo como família”, finaliza.