3 fenômenos no mês 16.09.2024 | 13h57
redacao@gazetadigital
Reprodução
O cometa C/2023 A3, Tsuchinshan Atlas, descoberto em 2023, poderá ser visível no céu de todo o hemisfério Sul, esta semana. Sua trajetória permitiria a visibilidade em Cuiabá e outras cidades de Mato Grosso, porém, as condições do céu esfumaçado tornam a observação impossível, como explica o com professor e pesquisador do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Pablo Munayco. Além do cometa, uma Super-Lua e eclipse lunar também ocorrem este mês.
O cometa C/2023 A3 foi descoberto em 2023 e com a expectativa de brilho intenso, sendo apelidado por alguns pesquisadores como o “cometa do século”. O professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Pablo Munayco, entretanto, explica que na realidade, até o momento, o astro celeste não está cumprindo as expectativas de luminosidade.
Leia também - Criada há séculos, Brasil produz mais de 800 milhões de litros da bebida por ano
No hemisfério Sul, ele será visível em 2 datas, no fim de setembro, antes do amanhecer por volta do dia 22 e após sua volta, em outubro, ao final da tarde. Os cometas são visíveis por cerca de 30 a 40 minutos no máximo.
O professor explicou ao que esses astros passam próximo à linha do horizonte, no leste e, por isso, existem condições próprias para que a observação seja feita. A luminosidade das cidades e a presença de prédios são fatores que dificultam a visibilidade do fenômeno. Somado a isso, a quantidade de fumaça proveniente de queimadas presente no céu mato-grossense no período tornarão a observação impossível, como avalia o profissional.
“O cometa nunca aparece no alto do céu, o que já dificulta a observação. Com a fumaça que temos agora, vai deixar impossível de observar”, explicou ele.
As únicas formas que trariam a possibilidade de visibilidade do corpo celeste são uma frente fria, que faria a fumaça abaixar ou em caso de chuvas, com previsão de chances baixas para os próximos dias. Em outubro, caso as condições climáticas estejam melhores, a observação será possível após o fim da tarde.
A última vez que um cometa foi visível no território de Mato Grosso, foi em 18 de julho de 2020 e as características do céu permitiram a visibilidade e registro do fenômeno em Poconé (104 km ao Sul). Se tratava do cometa Neowise.
Super-Lua e Eclipse Lunar
Além da passagem do cometa, Mato Grosso também será palco de um eclipse lunar parcial e uma super-lua entre os dias 17 e 18 de setembro.
Telma Cenira Couto da Silva, doutora em Astronomia e professora aposentada da UFMT, explica que isso ocorre pelo perigeu do corpo celeste, ou seja, uma aproximação além do comum da Lua com a Terra.
“Será melhor observá-la quando ela estiver se levantando ao anoitecer de 17 de setembro e/ou, quando ela estiver se pondo, próxima ao solo, na madrugada de 18 de setembro. Mas, ao anoitecer de 18 de setembro ela ainda estará muito bela no céu”, afirmou a professora.
No mesmo dia da super-lua, também ocorre outro evento astronômico, o eclipse lunar parcial, em que será possível ver uma “mordida” na lua, quando a Terra fará sombra no astro.
No horário de Mato Grosso (GMT-4), a fase parcial do eclipse lunar iniciará às 22h12 e o máximo ocorrerá às 22h44. O final da fase parcial ocorrerá às 23h15 do dia 17 de setembro.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.