obra premiada 08.12.2025 | 17h23

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Divulgação
O livro “Mulheres na História Africana em Mato Grosso”, lançado na próxima terça-feira (9), aborda a trajetória de 3 importantes figuras: Tereza de Benguela, Mãe Bonifácia e Maria Taquara. Escrito e ilustrado pela professora, historiadora e pesquisadora Cristina Soares, a obra é uma narrativa que contextualiza historicamente, de forma sensível, o legado deixado por essas pioneiras.
A publicação ilustrada é de fácil leitura e direcionada a diferentes públicos, de crianças a adultos. Ao
, a autora comenta sobre a importância de mais obras com a temática para a visibilidade da negritude.
“[O livro] representa a diáspora negra. O que é isso? É esse movimento dessa população negra, que é uma coisa forçada. A gente não está aqui por que quer, a gente veio forçado. Esse movimento dessa negritude, desse povo africano aqui em Mato Grosso. Mesmo quem nasceu hoje, a gente é descendente desse povo que foi escravizado”, explica a escritora.
Em 2021, a obra foi idealizada como um material pedagógico desenvolvido por Soares durante seu mestrado em História na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Vencedor do edital Premiação Marília Beatriz, a autora conseguiu recursos para publicar o livro pela editora Kofá.
As mulheres retratadas na narrativa são de diferentes períodos na história mato-grossense. Tereza de Benguela é do século XVIII e foi escravizada. Durante sua trajetória, ela foi uma das criadoras e líderes do Quilombo do Quariterê, localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a oeste de Cuiabá), um dos mais longevos no continente.
Mãe Bonifácia também era escravizada, mas como chegou à velhice, o que era raro na época, foi alforriada. A protagonista ajudava pessoas escravizadas a fugirem.
Maria Taquara é a mais contemporânea entre as figuras históricas e a nasceu livre. Nordestina, ela morou em Mato Grosso na década de 30 e 40 e se destacou por desafiar padrões sociais da época.
“É importante porque precisamos conhecer nossa história, nós, enquanto população negra, fomos invisibilizados durante muitos anos. Para gente contar a história dessas mulheres, para nossa identidade é muito importante, para identidade de povo mato-grossense, do brasileiro”, destaca.
“Eu acredito que conhecer essas mulheres pode ajudar muito desde crianças a melhorar suas autoestimas, a construir uma identidade positiva”, acrescenta.
Lançamento
O lançamento será na terça-feira (9) às 19h no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sintuf-MT), localizado atrás do teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O evento funcionara como um sarau em que, além da obra literária, apresentações culturais serão feitas. Estarão presentes coletivos negros, artistas e autoras e autores que dialogam com a cultura mato-grossense e afro-brasileira. No local, o livro estará disponível para compra.
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