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DIVIDIU OPINIÕES 11.06.2022 | 13h22

Homem que passeou com cobra em shopping diz que intenção era conscientizar

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Reprodução / Instagram

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Vídeo gravado no domingo (5) e que viralizou nas redes sociais mostra uma cena inusitada em um shopping localizado na avenida do CPA, em Cuiabá. Nas imagens, dois jovens caminham no centro comercial com uma jiboia no pescoço. A gravação dividiu opiniões na internet e, ao portal , o tutor do animal explicou a motivação por trás do passeio.

 

Profissional da área de tecnologia e afeito a animais selvagens, Viktor Alves Pulcherio, 37 anos, contou que a intenção era conscientizar a população sobre as jiboias. À reportagem, ele contou que adquiriu "Gigi", nome dado à cobra, há cerca de dois meses e apontou que a polarização tem rendido boas discussões.

 

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Viktor contou que saiu para dar um passeio com a cobra primeiro no Parque das Águas, onde pessoas já foram surpreendidas com a presença do animal. Contudo, o vídeo que circula nas redes foi gravado horas depois, quando ele foi até um shopping próximo e acabou sendo flagrado com a cobra.

 

Ao falar sobre a situação, profissional de tecnologia conta que não se lembra de ter visto ninguém amedrontado com o animal. Diferente disto, na verdade, Viktor conta que muitas pessoas tocaram e até tiraram fotos com a cobra. Contudo, com a situação causada, ele acabou sendo convidado a se retirar do shopping com o animal.

 

"As pessoas chegavam perto e começavam a tocar. Pegavam pelo rabo, mexia na cabeça, quando eu vi já estavam com ela no pescoço tirando foto. Ela já está acostumada com os seres humanos, com o manejo, ela se sente à vontade, se sente bem", declarou Viktor.

 

"O passeio justamente foi para ambientar ela. Ela já está acostumada, mas é bom dar essa manutenção. E também para as pessoas entenderem. Eu já vi pessoas matando jiboias naquele local do parque. Então, é bom para saber que é um animal que não tem perigo, que não tem peçonha", acrescentou.

 

Para o tutor, a ideia principal era fazer com que as pessoas entendessem que é possível ter uma cobra como pet. Contudo, com a discussão e as consequentes dúvidas em torno do tema, Viktor acredita que toda a situação pode adquirir um contorno ainda mais educativo.

 

Dividiu opiniões

Apesar dos apontamentos feito por Viktor, muitas pessoas não gostaram da situação e levantaram questionamentos na internet. Em meio às críticas que apontavam suposto exibicionismo, dúvidas foram levantadas sobre a segurança do animal e das pessoas no entorno, assim como da origem da cobra.

 

O tutor contou à reportagem que adquiriu o animal, que tem cerca de 3 metros, há aproximadamente dois meses de um amigo. Contudo, assegura que todo o trâmite é legal, uma vez que o cuidador é autorizado pela lei. Além disso, Viktor esclareceu que o animal não oferece riscos, uma vez que está acostumada com o convívio em meio a humanos e mantém uma dieta reforçada.

 

Viktor detalhou que alimenta a jiboia com até dois coelhos por semana, o que, em algumas situações, é até mais do que o animal teria de alimento na natureza. Desta forma, a jiboia está sempre satisfeita e com a saúde em dia.

 

É legal?

A criação de cobras e outros animais silvestres é autorizada por lei, desde que o tutor adquira o pet pelas vias legais. Para isso, a pessoa interessada deve buscar criadores que tenham autorizada do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

 

A autarquia conta, inclusive, com uma lista de animais que são silvestres, mas podem ser criados desde que adquiridos em estabelecimentos autorizados. Há também normas que exigem cuidados específicos para cada tipo de animal, considerando ambientes que gerem conforto aos pets.

 

Apesar de ser legal a criação e circulação em qualquer tipo de espaço destes animais, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) não recomenda. Isso porque, para além das questões legais, passeios com animais silvestres podem gerar pânico e questionamentos sobre as liberdades individuais de quem frequenta os espaços.

 

'"ão é porque a pessoa tem o direito de andar com um animal que eu tenho que aceitar aquele animal perto de mim. Então, o maior problema desse caso é que em algum nível pode ser uma privação da liberdade dos outros de estarem naquele local", declarou o gerente de Fauna Silvestre da Sema, Fernando Siqueira.

 

"Ele pode andar, está tudo regularizado. Então, assim, como a Sema, a gente nunca chegaria nesta pessoa e tomaria o animal, jamais. Agora, a gente orientaria, diria que não recomenda porque pode ter pessoas que têm fobia a esse animal", declarou.

 

Veja o vídeo do passeio:

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Comentários

Benedito da costa - 12/06/2022

Afinal de contas estamos a 100 km do Pantanal e devemos nos acostumar com situações como essas. Pois do jeito que a coisa anda que ninguém respeita mais o meio ambiente ? Logo, logo os animais estarão mais perto de nós.

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