Instituto INCA fortalece 5 grupos de Siriri e implementa 1ª Orquestra de Sucata

Os grupos de siriri e cururu Siriri Elétrico, Raízes Cuiabanas, São Gonçalo Beira Rio, Flor Serrana e Flor do Campo avançam com o Instituto Inclusão, Cidadania e Ação (Inca), em uma imersão de conhecimento em busca de criações artísticas. Por meio de consultorias e capacitações com oficinas de figurino, cenografia, coreografia, maquiagem, dança afro, percussão e gestão em mídias sociais, organização de eventos, produção, elaboração de projetos, finanças e network os grupos desenvolvem apresentações esteticamente mais aprimoradas e profissionais. O Inca também apoiará a criação da primeira Orquestra de Sucata, com a Startup Social Anjos da Lata.

Leia também - Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça completa 113 anos de fundação

Com o objetivo de valorizar e impulsionar a preservação das manifestações da cultural popular cuiabana, o Instituto Inca realiza este projeto: o Pronto de Cultura Inca em Rede. É uma continuação do que a organização já realiza há anos, desde 2009, com agentes e quintais da região Sul de Cuiabá, que ainda cultivam a Cultura Popular. Esta já é a quarta ação do Ponto de Cultura Inca.

O lançamento foi embaixo de um mangueiral, no quintal do grupo Siriri Elétrico, com dança, música e uma experiência gastronômica especial proporcionada com a inauguração da Estação Gourmet da @65Box, que destacou em seu cardápio o autêntico Quebra-Torto mato-grossense, acompanhado de uma seleção de petiscos regionais, valorizando a rica culinária local, proporcionando um momento de celebração e troca entre os participantes, em um lindo encontro realizado no último sábado (22).

Para essa realização do projeto que tem duração de seis meses, o Governo do Estado entra como patrocinado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura Esporte e Lazer, via emenda parlamentar impositiva do deputado Wilson Santos, com o objetivo de preservar tradições, fortalecer artistas locais e garantir que a cultura se mantenha firme pelos quintais cuiabanos, previsto no Plano Estadual de Cultura de Mato Grosso, trabalho que o Instituto INCA já desenvolve ao longo de seus 20 anos, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil (ODS), tal como o item 11 dos 17 objetivos, por exemplo, de “Cidades e comunidades sustentáveis”.

“Ao investir nesses grupos, fortalecemos não apenas a arte, mas também a identidade e a autoestima da comunidade. Além de apoiar diretamente os grupos culturais, o projeto tem um impacto transformador na região Sul de Cuiabá, ampliando o acesso da população às manifestações culturais e promovendo o pertencimento e a valorização da identidade local. O Ponto de Cultura em Rede é mais do que um espaço de fomento à arte; é um ponto de encontro, troca e construção coletiva, reafirmando a cultura como um direito e um motor de transformação social”, destaca a coordenadora executiva e projetista do Ponto de Cultura Inca em Rede, Nariel Iatskiu.

O projeto conta com edital de contratação de professores que estão em fase de contratação, e já começou nesta semana com a oficina de Maquiagem Artística, com ênfase em pele negra, ministrada pelo maquiador Luiz Cláudio, que segue por três semanas em um circuito entre os grupos, em seus quintais.

Programação

O Ponto de Cultura Inca em Rede é uma iniciativa essencial para fortalecer os grupos culturais locais, garantindo que suas práticas e saberes sejam preservados, reconhecidos e compartilhados. Esse projeto impulsiona artistas e agentes culturais, criando oportunidades de aprendizado, produção e engajamento, além de democratizar o acesso à cultura.

Serão quatro meses de trabalho com os grupos Siriri Elétrico, Raízes Cuiabanas, São Gonçalo Beira Rio, Flor Serrana e Flor do Campo.

Além da Maquiagem Artística, eles receberão melhoria nas capacidades de produção de eventos e uso de redes sociais, contribuindo para uma maior divulgação e impacto das atividades culturais do grupo, dentre as oficinas de Gestão.

Em especial, no quintal de Dona Matilde, o grupo Flor do Campo, identificado como um quintal quilombola, receberá as oficinas para a manutenção de suas atividades culturais afro-brasileiras: com oficinas de Dança Afro, Percussão, com ênfase em ritmos Afros; para a criação de um novo espetáculo do Grupo Flor do Campo Mesclando o Siriri e os ritmos Afros. Também de Cenografia e Figurino Afro contribuindo para a valorização e preservação das tradições.

A novidade é o apoio para a criação da 1ª Orquestra de Instrumentos Alternativos, ou seja, de Sucata, com a Startup Social Anjos da Lata que desenvolverá, por seis meses, oficinas de criação de instrumentos e música, com crianças e adolescentes do bairro São João Del Rey, pelo arte-educador Anselmo Parabá.

O desenvolvimento de habilidades musicais e de fabricação de instrumentos alternativos de percussão, sopro e corda, pelos participantes resultará em apresentações públicas da orquestra e maior visibilidade do grupo Anjos da Lata.