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cultura local 23.07.2025 | 08h42

Jovens de Mato Grosso unem ciência e cultura quilombola

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O momento de pesquisar chegou. Em laboratórios que despertam a curiosidade e o cientista que há dentro de cada um, jovens de Mato Grosso, quilombolas, indígenas e de comunidades tradicionais, estão prontos para colocar a mão na massa. A nova fase do projeto Mais Ciência na Escola convida 150 estudantes da rede estadual, selecionados para esta oportunidade, a olhar para si mesmos como cientistas e para a própria realidade como objeto de pesquisa, fazendo uma conexão da cultura local com o mundo.

 

A fase agora é de escolher temáticas, explorar saberes, testar hipóteses e transformar identidade e vivência em conhecimento científico. E já tem temas sendo analisados: danças, saberes tradicionais, culinária típica, expressões culturais.

 

Vão participar 15 Escolas Estaduais — urbanas, rurais, indígenas e quilombolas — agora equipadas com laboratórios completos: impressora 3D, notebooks, tablets, TV, material para web conferência, mesas, cadeiras e tudo mais para fazer ciência acontecer de verdade.

 

A professora Lisanil da Conceição, coordenadora do projeto em Mato Grosso, está animada com o que vem por aí:

“Após a fase inicial com documentações, seleção de professores e alunos e instalação dos laboratórios, agora vamos às experimentações em si. Estamos falando de um Estado muito extenso, de viagens longas e muito trabalho para ver tudo isso acontecer, mas o entusiasmado nos dá fôlego. É um projeto que valoriza a cultura, a identidade e o olhar curioso dos nossos jovens e isso nos trará importantes resultados futuros, é isso que nos move”.

 

Cada escola tem 10 jovens cientistas envolvidos e um professor monitor, todos certificados pelos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como o CNPq - instituição que financia o projeto.

 

"Com a volta às aulas na rede estadual, nesta terça-feira (22), os laboratórios vão pulsar ciência", afirma a coordenadora de rede, professora doutoranda Jussara Cebalho. “Os alunos já estão produzindo artigos baseados em suas realidades, sua cultura. Isso muda tudo, muda o olhar, muda a autoestima, muda o futuro de cada um deles, porque os debates são transformadores, a tecnologia que estão vendo nos laboratórios, à qual estão tendo acesso, nunca tinham visto antes, isso aguça a curiosidade e inspira, inclusive a nós, professores. Não se fala mais em ter vergonha de quem se é, e sim de orgulho".

 

O Mais Ciência da Escola em Mato Grosso é resultado de outros projetos de iniciação científica para jovens em vulnerabilidade, conduzidos pela professora Lisanil, tais como a Olimpíada e a Mostra Científica de Povos Tradicionais, Quilombolas e Indígenas, o Kalunga (realizado na cidade de Juara) que celebra o dia da consciência negra, encontros e eventos. O projeto, Mais Ciência na Escola de Mato Grosso, tem a Unemat como proponente e a missão de apoiar esse público jovem até que chegue à universidade e possa fazer mestrado e doutorado.

 

Quem vem seguindo essa trilha é a boliviana Reina Yovana Tomicha Masabi, 30 anos. Ela deu emocionante depoimento sobre sua trajetória no II COIINTER, realizado de 16 a 19 de julho, em Barra do Bugres. O Mais Ciência na Escola foi apresentado no evento.

 

"Saí da Bolívia há 8 anos, em um momento de dificuldade com minha filha prematura. Vim atrás de incubadora. Em Cáceres, após a recuperação dela, comecei a participar de projetos de iniciação científica, conheci as professoras que me apoiaram e hoje estudo Geografia da Unemat, tenho dois capítulos de livro publicados e um bom currículo lattes. Minha vida mudou muito, até na forma de falar em público. Antes passava em frente às faculdades e sonhava em entrar em uma delas. Hoje entrei. Não consigo falar de tudo isso sem me emocionar, sem agradecer, sem acreditar".

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