DEU EM A GAZETA 06.11.2025 | 06h53

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Chico Ferreira
Mato Grosso está entre os três estados em que a temperatura tem subido mais rapidamente por década, uma variação de aproximadamente 0,35ºC, média acima da nacional que ficou em 0,29ºC. Se considerar as últimas quatro décadas, período de estudo do MapBiomas, Mato Grosso teve um aumento de quase 1,5ºC na temperatura. Como causas deste cenário são listados o desmatamento e ilhas de calor urbana. Mato Grosso do Sul teve aumento de 0,40ºC por década e Piauí de 0,34ºC.
Os dados fazem parte da nova ferramenta do MapBiomas Atmosfera, lançada nesta quarta-feira (05), para compreender os efeitos das mudanças climáticas, subsidiar políticas públicas baseadas em evidências e apoiar estratégias de adaptação e mitigação. A partir de imagens de satélites e modelagem de dados climáticos, a nova plataforma disponibiliza informações sobre variações de temperatura, precipitação ao longo dos anos, níveis de poluentes atmosféricos, dias sem chuva, disponibilidade de água no solo e dias de chuva persistente.
Outro recorte é feito por bioma, entre 1985 e 2024. O Pantanal aqueceu 0,47ºC a mais a cada década, o Cerrado 0,31ºC e a Amazônia, como um todo, permaneceu na média + 0,29ºC/década. “A temperatura do ar está aumentando em todo o Brasil, mas com variações de estado a estado. Nas unidades federativas mais continentais, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Piauí, a temperatura está subindo mais rapidamente, com taxas entre 0,34ºC e 0,40ºC por década, muito mais rápido que estados do Nordeste, por exemplo, que são litorâneos”, destacou Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas.
ALERTA
Conforme o MapBiomas, há uma década, desde 2014, a temperatura no Brasil tem se mantido acima da média do período analisado, de 1985 a 2024. O maior valor de anomalia foi observado em 2024, quando a temperatura ficou 1,2ºC acima da média dos últimos 40 anos. Desde 2019, temperaturas acima da média têm sido registradas em quase todos os biomas. Nos biomas Caatinga, Cerrado e Pampa, as anomalias de temperatura têm se mantido em até 1ºC acima da média.
Já o bioma Pantanal registrou um recorde de anomalia em 2024, com temperaturas 1,8ºC acima da média. Esse bioma é alimentado pelas chuvas na Bacia do Alto Paraguai que, em 2024, registrou precipitação 314 mm abaixo da média, com 205 dias sem chuva. O ano de 2024 foi especialmente quente em todo o Brasil, sendo que a temperatura ficou de 0,3 a 2ºC acima da média histórica em todos os estados.
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