NÚMEROS ALARMANTES 06.11.2025 | 14h40

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Divulgação/Ministério Público
Mato Grosso apresenta números preocupantes de violência sexual contra adultos e vulneráveis e se destaca negativamente entre os com mais estupros no país. Em nove meses, foram contabilizados 1,6 mil crimes desta natureza, uma média de 6 ocorrências diárias. Os abusos contra o sexo feminino representam 80%, 1.453 casos, enquanto as vítimas do sexto masculino soam 20%, 199.
Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O portal traz atualizações mais frequentes dos crimes no território nacional.
Segundo o levantamento, o mês de maio foi o mais violento, com 249 casos, seguido de setembro, que registrou 216 vítimas. Em sequência aparecem junho (189), agosto (184), abril (187) e março (184). Os meses com menores índices foram janeiro (155), fevereiro (139) e julho (149).
Em relação ano anterior, houve redução de 21,97% nos registros de estupros. Ainda assim, a taxa de violência sexual em Mato Grosso segue alta, com 56,57 ocorrências para cada 100 mil habitantes, uma das maiores do país.
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, divulgado neste ano, Sorriso, Capital do agronegócio mato-grossense, segue entre as 3 cidades com mais casos de estupros. O município ocupa a segunda posição na lista das 50 cidades com população igual ou superior a 100 mil habitantes, conforme danos de 2024.
Hoje, o município tem 131,9 estupros para cada 100 mil habitantes. Em 2023, a cidade apareceu como campeã em abusos sexuais no país.
A cidade foi o palco de crime bárbaro que vitimou uma mãe e suas 3 filhas, caso conhecido como a chacina de Sorriso. Há poucos meses, o assassino Gilberto Rodrigues dos Anjos foi condenado a 225 anos de prisão por estuprar e matar Cleci Calvi Cardoso e as filhas Miliane, 19, Manuela, 13, e Melissa,10.
Lista de pedófilos
A suplente de senadora por Mato Grosso, Margareth Buzetti (PP), é autora de projetos de lei que implementa no país o cadastro de pedófilos e estupradores, numa plataforma para consultas de condenados pelos crimes, na tentativa de evitar reincidentes. Embora sancionada, a plataforma não está no ar.
Por trás das estatísticas, esses números refletem histórias interrompidas e traumas que se perpetuam no silêncio. No estado onde 6 pessoas são violentadas diariamente, a luta contra o estupro exige empatia e um compromisso do poder público para romper o ciclo da violência.
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