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'Comer de tudo, mas não tudo' 07.08.2022 | 16h32

Na contramão do perfeccionismo, nutricionista faz sucesso nas redes

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Divulgação/Montagem

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A busca pelo corpo perfeito e a reprodução de um ideal estético reforçado por anos têm levado pessoas a busca incessante pelo emagrecimento a qualquer custo. Dietas milagrosas e automedicação são algumas das ações tomadas por quem busca resultado rápido.

 

Com a chegada da pandemia de covid-19, as consequências geradas pelas circunstâncias atuais causaram impacto em variadas esferas, como é o caso saúde, seja ela física ou mental.

 

Um estudo publicado na revista médica International Journal of Eating Disorders, em abril de 2022, revela o aumento de 48% nas internações hospitalares por transtornos alimentares.

 

Ter a vida transtornada em termos de alimentação. Assim o nutricionista Ricardo Durante define o termo transtorno alimentar. “Quando a alimentação e o corpo acabam tomando boa parte da vida da pessoa”, explica Ricardo ao , que cita os pensamentos excessivos em comida, associados ao afastamento social de pessoas próximas como um sinal de alerta. “Por exemplo, uma festa que tenha pizza, a pessoa que tem um transtorno alimentar dificilmente vai se permitir ir ou se for vai ser um momento de muito sofrimento”, resume o profissional da saúde.

 

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Dentre os transtornos comuns, citados por Ricardo, está a anorexia nervosa, quando o indivíduo busca manter um peso abaixo do normal, ficando sem comer e exagerando na prática de exercícios físicos. Ricardo também cita a bulimia nervosa, caracterizada pelo consumo exagerado de comida, seguido de métodos para evitar o ganho de peso, bem como a compulsão alimentar, marcada pela necessidade de consumir grande quantidade de alimentos.

 

Sem prometer uma cura, o nutricionista disponibiliza ferramentas para que os pacientes possam lidar com momentos que despertem gatilho sobre alimentação e o próprio corpo, categorizando os padrões de beleza como um dos agravantes nos transtornos alimentares. “Boa parte dessa insatisfação é por conta da cultura que a gente vive que valoriza o corpo magro e fala que magreza é sinônimo de saúde e isso bagunça nossa relação com a comida e com o corpo”, afirma o Ricardo.

 

 

Frutas, verduras, arroz, feijão, mandioca, carnes de forma geral, leite e derivados estão entre os alimentos recomendados pelo nutricionista, que afirma que uma alimentação quanto mais parecida com a consumida pelos mais velhos, melhor.

 

Cuidando do corpo

Ricardo diz que não existe receita de bolo para quem procura se relacionar melhor com o corpo, mas apresenta alguns cuidados que podem ajudar.

 

Comer quando o corpo pede e respeitar a saciedade é uma das dicas, evitando a sensação de empanturramento, buscado desatrelar o prazer do sentimento de culpa e emoções negativas.

 

“Acho importante as pessoas entenderem que a imagem do corpo não determina o valor que ele ou ela tem. Eu não sou o meu corpo, eu tenho um corpo”, diz o nutricionista ao reforçar a importância de entender e reconhecer as qualidades podem ser oferecidas de fato,  procurando ter um olhar neutro sobre o próprio corpo, respeitando-o.

 

“Como é sofrido estarmos morando num corpo onde a gente não cuida dele, pois vou passar o resto da minha vida dentro desse corpo.”, diz Ricardo, que explica a necessidade de visualizarmos as estruturas corporais como parte de todo o corpo e não apenas um ornamento. “Entenda que o seu braço não é um objeto, ele tem função, a barriga, que normalmente é um lugar onde as pessoas sentem muita insatisfação, tem funções também, assim como todo o corpo”.

 

Apesar de reconhecer o ponto positivo das pessoas estarem buscando um cuidado maior com o corpo, o nutricinosta ainda vê como tímida essa busca consciente, não apenas pela estética e afirma que “não é do dia pra noite que a gente muda uma relação difícil e problemática”.

Utilizando das redes sociais como forma de divulgar seu trabalho, o nutricionista passou a notar o alcance de suas publicações, que defendem a alimentação baseada na saúde física e mental, sem exigência de perfeição. “A minha abordagem é bem contra aquilo que, entre aspas, se espera de um nutricionista e se você colocar algo contra o que é geralmente propagado, pode esperar muita pedrada”, afirma Ricardo.

 

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