DEU EM A GAZETA 21.09.2025 | 06h56
aline@gazetadigital.com.br
Sema
Dez anos depois da corrida do ouro, que atraiu milhares de pessoas para região oeste de Mato Grosso, a atividade garimpeira ilegal continua ameaçando cidades como Pontes Lacerda, Conquista D'Oeste e em especial a Terra Indígena Sararé. Aumento da criminalidade, mortes por confrontos de grupos rivais e garimpo ilegal financiado por facções virou realidade na região. Delegado federal Rodrigo Vitorino Aguiar, que assumiu a chefia do Grupo de Meio Ambiente da Delegacia da Polícia Federal em Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá), no ano de 2023, confirma que, desde então, foram 23 ações na TI, entre operações e incursões. O prejuízo estimado aos grupos criminosos, neste período, foi de mais de R$ 76,9 milhões.
A partir do ano de 2024, houve um maior interesse de facções na atividade de garimpo ilegal ocorrido na TI Sararé. O que iniciou como uma prestação de serviço de segurança, evoluiu rapidamente para que facções possuíssem frentes de garimpo no local, o que intensificou os conflitos entre grupos rivais para a ampliação de território e influência na região, disse o delegado.
Rodrigo explica que a proximidade da Terra Indígena com as cidades de Pontes e Lacerda e Conquista DOeste torna muito fácil o acesso à TI Sararé. A riqueza daquela região atrai pessoas de outros estados, principalmente Pará e Maranhão, que buscam o sonho de enriquecer, o financiamento de proprietários de maquinários que investem na prática ilegal, entre outros fatores.
O delegado cita ainda que os principais impactos são a corrupção de indígenas para apoiar e incentivar o avanço do garimpo ilegal, o aumento da criminalidade nas proximidades de aldeias e até mesmo na escola existente no interior da TI Sararé, o conflito entre grupos indígenas que são pró ou contra garimpo ilegal, dentre outros.
Certamente, a presença de um grande número de pessoas advindas de outras regiões do país inflou as cidades circunvizinhas à TI Sararé e, consequentemente, aumentou a taxa de criminalidade da região. No interior da TI Sararé não foi diferente, haja vista a presença de grande número de cabarés e bares irregulares, criando um terreno fértil para brigas e conflitos, observou Aguiar.
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