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estilo de vida 04.11.2024 | 11h30

Nutricionista orienta transição e esclarece mitos sobre a alimentação vegana

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Ana Júlia Pereira

redacao@gazetadigital.com.br

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O veganismo é um estilo de vida que preza pela não utilização de alimentos, roupas ou objetos de origem animal. Ele surgiu no século XX, na Inglaterra, e vem crescendo exponencialmente na última década. Atualmente, apenas no Brasil, já são mais de 30 milhões de veganos.

 

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Mariana Whelan -Nutricionista

 

O conversou com a nutricionista clínica e esportiva Mariana Whelan, que falou sobre o estilo de vida vegano e deu dicas sobre a transição a este modo de se alimentar e consumir itens do dia a dia.


“A primeira coisa a ser feita por quem deseja aderir a uma dieta vegana é ter um nutricionista capacitado na área para guiar essa transição. A maioria de nós nasce e cresce habituado a consumir refeições com carne, leite e seus derivados. Quando desejamos retirar esses alimentos, é comum ficarmos perdidos ou não saber como fazer as substituições corretas. Além disso, buscar conhecimento por meio de bons livros e materiais sobre o tema faz a diferença. A Sociedade Vegetariana Brasileira tem ótimos materiais” orienta.


Ela explica que alguns cuidados são necessários para essa mudança de alimentação, afinal são muitos anos de hábitos onívoros para serem mudados.


“Como a alimentação vegana é saudável, ela tem um teor de fibras muito maior que a alimentação onívora. Por isso, é importante que se vá aumentando aos poucos a quantidade de feijões, grãos e cereais integrais, para que o corpo não responda com excesso de gases, desconforto abdominal e até diarreia. O nosso intestino vai se adaptando aos poucos. É preciso ter cuidado para não substituir os alimentos de origem animal por um excesso de industrializados, como as carnes vegetais congeladas que já são vistas nos mercados, bolachas, pães, doces, dentre outros”, recomenda a profissional.


A nutricionista explica que a vitamina B12 deve ganhar uma atenção especial nesta mudança de dieta, além de alguns alimentos que devem fazer parte da rotina.


“A vitamina B12 e a cobalamina são nutrientes que o vegano deve obrigatoriamente suplementar, porque atualmente nós não temos fontes seguras de B12 na alimentação vegetal. Apenas alguns alimentos fortificados, mas que não fazem parte da alimentação de todo vegano. Por si só, os animais não produzem essa vitamina, mas consegue ser obtido essa vitamina pela ingestão de animais, porque eles são também suplementados com cobalto na indústria.  Deve-se ter cautela com o ferro vegano, que vai ser obtido principalmente pelo aumento da ingestão de feijões e leguminosas, como a soja e seus derivados, lentilha, ervilha e grão-de-bico. Por último, para atingir as necessidades de cálcio, é importante inserir alimentos como os leites vegetais fortificados com cálcio, soja em seus derivados, folhosos verdes escuros como a couve e sementes como a chia”, explica a nutricionista.


Ela reforça que o veganismo constrói uma nova relação com os animais e o meio ambiente, além de trazer diversos benefícios para a saúde.

 

“Dentre os pontos positivos, a gente observa uma mudança de perspectiva sobre o mundo na totalidade, a relação com os animais, o meio ambiente, uma maior atenção às empresas e suas condutas, além de verificar novas possibilidades de alimentos e receitas. Na saúde, os benefícios podem ser inúmeros, uma diminuição do risco cardiovascular, diminuição do colesterol, uma maior ingestão de compostos antioxidantes que ajudam a combater a inflamação e doenças crônicas. Também pode haver uma melhora na saciedade e do funcionamento intestinal”, destaca.


Por outro lado, a falta de opções para a alimentação vegana, pode se tornar um empecilho para quem deseja aderir a essa dieta, já que eles não são tão facilmente encontrados em supermercado e restaurantes.

 

“Já os pontos negativos, primeiro, para algumas pessoas o aumento do volume de comida e de fibras pode ser mais desconfortável. Além disso, no Brasil, com exceção de São Paulo e outros grandes centros, ainda há uma carência de produtos e opções para esse público. Geralmente, também possuem um preço mais elevado. Sair para comer fora pode ser um desafio no começo, mas que vai se adaptando aos poucos. O veganismo vem ganhando cada vez mais visibilidade e essa questão, embora ainda seja um desafio, já melhorou muito. Portanto, tem uma visão de que aos poucos será mais popularizado”, pondera.


A nutricionista desmistifica a questão da deficiência de proteínas e que os veganos sejam "fracos". Do ponto de vista fisiológico, essa premissa não se confirma.


“A maior mentira sobre os veganos é de que eles possuem deficiência de proteínas e de que são fracos. Nós conseguimos obter toda a proteína necessária por alimento de origem vegetal e já temos vários exemplos de atletas de alta performance que são veganos, como o Guilherme Abomai, físico turista, o Novak Djokovic, que é um dos maiores tenistas da história, e também atleta olímpica de levantamento de peso, Amanda Shott”.


Por fim, dela deixa claro que qualquer pessoa pode se tornar vegana, seja crianças, idosos ou até mesmo gestantes. “Já está bem estabelecido na ciência de que uma dieta vegana adequada é saudável e apropriada para qualquer indivíduo e em qualquer fase da vida, inclusive para bebês, gestantes, lactantes e idosos”, frisa.

 

Apesar dos ensinamentos quanto à alimentação, o veganismo se estabelece como um estilo de vida, que compreende o consumo de produtos como roupas, maquiagens, cosméticos e afins que não utilizem ingredientes de origem animal em sua composição e nem façam testes com bichos.

 

Para destacar este modo de vida, no último dia 1º de novembro foi celebrado o Dia Mundial do Veganismo.

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