DEU EM A GAZETA 02.09.2025 | 06h34
redacao@gazetadigital.com.br
JOãO VIEIRA
Pacientes que dependem da farmácia de alto custo em Mato Grosso enfrentam dificuldades para dar continuidade aos tratamentos devido à recorrente falta de medicamentos essenciais para doenças graves como câncer, diabetes, pressão alta, psoríase, asma, além de outras patologias. Relatos apontam que além da ausência de remédios, não há previsão oficial para regularizar o fornecimento.
A reportagem de A Gazeta acompanhou, na manhã desta segunda-feira (01), a luta de pacientes que foram à farmácia em busca de medicamentos, mas que voltaram para casa de mãos vazias. Sem condições financeiras para comprar a medicação que precisa, a idosa Maria da Conceição de Sousa, 73, enfrenta quadro agravado de psoríase devido à irregularidade no tratamento. Ela utiliza Risanquizumabe 90mg injetável, a cada três meses, medicamento avaliado em cerca de R$ 30 mil, que está em falta há três meses na farmácia de alto custo.
“Minha cabeça e minhas unhas estão cheias de feridas da psoríase. Espalhou pelo corpo e sinto muitas dores e coceira”. Ela revela que ligou na sexta-feira (29), mas não atenderam. “Então, resolvi pegar o ônibus cedo e vir pessoalmente, porém o remédio continua em falta”. Ela conta que há três anos faz uso para o tratamento e que o fornecimento é sempre irregular.
A situação também afeta pacientes oncológicos. Rozinei Kopsel, 51, moradora de Colíder (650 km ao norte), viajou às pressas até a capital ao ser informada de que sua medicação havia chegado, depois de ficar sem o medicamento devido à interrupção no fornecimento. Ela faz uso de Pembrolizumabe 25mg/ ml, solução injetável que custa mais de R$ 27 mil.
“Recorri à Defensoria Pública para conseguir, pois há 3 meses tive que parar com meu tratamento devido à ausência do remédio. Nesse tempo, fiquei com muito medo de piorar do câncer. Ainda mais agora, que já perdi os movimentos do braço esquerdo”.
Segundo Rozinei, ela chegou de madrugada, foi para uma casa de apoio descansar e esperou até a abertura da farmácia para retirar a medicação. “Tenho um melanoma que se espalhou para as costelas e braço, e ele pode espalhar para os órgãos se não tratar corretamente”. Conta que depende de duas caixas por mês, com aplicações a cada 20 dias, no Hospital de Câncer (HCan).
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Izabel - 03/09/2025
Minha filha e meu neto usam alenia pra asma desde de que deram entrada na medicação ela conseguiu pegar uma única vez e ele não pegou nenhuma ainda e nunca tem é sempre a mesma coisa e sempre quem te comprar
Maria Salete - 02/09/2025
Mirei no MT e por 20 anos precisei do remédio de alto custo era um custo pegar o tal remédio,tenho Artrite reumatóide. Mas agora estou morando em SC e nunca falta remédio. E a renovação das receitas é de 6 em 6 meses. E no MT é de 3 em 3 meses . E a incompetência da Secretaria Estadual de Saúde que é desorganizada.
elizangela - 02/09/2025
È uma falta de Respeito com o Usuario que precisa dessas medicação pois agente chega a perder o Processo que chega aos 90 dias agente pega uma vez ai perde o restantes pois fala que terminou o processo se atem direito a tres meses, a Maioria paga consulta particular ai até vc conseguir outra consulta que não é facil agendar e consultar de imediato, com isso fica interropido o tratamento....
3 comentários