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AGOSTO DOURADO 31.08.2025 | 07h00

Pediatra explica mitos e verdades sobre a amamentação

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Aline Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital

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Considerado o alimento mais completo do mundo, o leite materno ainda é cercado por mitos sobre a idade certa para desmame do bebê, introdução de outros alimentos, método de conservação para aquelas que precisam ordenha e ainda o ato em si, que pode ser um desafio para muitas mães. Há anos, o “Agosto Dourado” incentiva e celebra o aleitamento materno no país, destacando a importância do ano que, além de alimentar, fortalece a conexão entre mãe e bebê. 

 

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O leite materno é o padrão máximo de qualidade para a alimentação de um bebê, conforme explica a pediatra e nutricionista Laura Borges. “O dourado foi escolhido porque o leite materno é um padrão ouro para a nutrição da criança. Ele é uma nutrição completa. Nenhuma forma, nenhuma indústria conseguiu até hoje fabricar um leite que é idêntico ao materno”, explicou a profissional ao .

 

Com cada vez mais informações sendo compartilhadas nas redes sociais, é comum que algumas mães tenham medo ou dúvidas sobre esse ato e a pediatra apresentou alguns mitos e verdades na sociedade.

 

GD: É verdade que o leite materno garante todos os nutrientes e água que o bebê necessita até os 6 meses?

 

Laura Borges: Sim, até os 6 meses, a criança não precisa de outros alimentos ou líquidos, como água ou chá. A hidratação do bebê é garantida pelo leite materno e a introdução alimentar deve ser feita, de forma adequada, apenas após os 6 meses.

 

O aumento da ingestão de líquidos durante a gravidez e manter uma dieta saudável e equilibrada já são fatores o suficiente para que o leite produzido permaneça suprindo todas as necessidades da criança.

 

GD: Há medicamentos proibidos para lactantes?
Laura Borges: Sim, existe uma tabela de medicamentos que são contra indicados, como alguns antidepressivos. Cabe ao profissional que a acompanha orientar sobre o uso da medicação e alternativas para driblar algum quadro que necessite de intervenção medicamentosa.

 

GD: A mãe precisa limitar o número de vezes e definir horários de amamentação?
Laura Borges: Isso não é verdadeQuem define o horário e quantidade de vezes ao mamar é o próprio bebê. Não existe uma forma de saber quanto de leite a criança ingeriu a cada amamentação e é por isso que ela deve ser colocada ao peito de acordo com suas necessidades e pedidos.

 

 

Não é só alimento, tem outras coisas por trás disso. Nos primeiros 3 meses, principalmente, a criança quer sentir o batimento cardíaco e ficar mais próxima da mãe. Às vezes por cólica, medo ou até dor, tudo o que ela quer é o leite, então ela acaba mamando mais. É livre demanda mesmo e não deve ter um horário regulado assim para a mãe regular, é sempre para criança.

 

GD: E existe idade indicada para o desmame?
Laura Borges: Apesar de o Ministério da Saúde aconselhar a amamentação até dois anos ou mais, não existe uma idade máxima para que a criança possa mamar e isso vai depender de cada caso e da relação entre mãe e criança.

 

GD: É verdade o que dizem sobre a amamentação prevenir doenças?
Laura Borges: Uma amamentação eficiente pode auxiliar a prevenir diabetes, alergias e doenças crônicas. Em alguns casos, quando mães pegam gripes e resfriados, elas podem transmitir, por meio do leite, substâncias que não deixam a criança adoecer.

 

O leite tem várias camadas. A primeira vai matar a sede e a última, a mais gordurosa, vai fazer a criança engordar. O leite materno é tão fantástico que sofre mutação até mesmo contra infecções.

 

GD: Amamentar é importante apenas para o bebê?
Laura Borges: Ele é o principal alimento para o bebê, mas também beneficia a mãe. O aleitamento pode prevenir câncer de mama e câncer de ovário, além de auxiliar na perda de peso da mãe e influenciar na diminuição de hemorragias no pós-parto.

 

GD: Muito se fala sobre evitar ingestão de álcool durante a gestação. Qual a base disso?
Laura Borges: É indicado que a mãe pare a ingestão de álcool desde a gestação e durante todo o período de amamentação. A bebida alcoólica tem uma quantidade de álcool diferente e pode afetar a qualidade do leite. Bebidas na versão sem álcool são uma boa opção para quem deseja consumir itens como cervejas ou frisantes sem se preocupar.

 

Algumas mães acreditam, ainda, que tomar cerveja preta ou alguns tipos de garrafadas preparadas com ervas são indicadas para aumentar o leite. Isso não só é ineficaz para aumentar o leite, como também pode trazer reações ao seu bebê.

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