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Vilã ou coadjuvante? 30.06.2024 | 11h03

Personagem de animação, ansiedade está presente em todos e psicólogo alerta

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Arquivo Pessoal/Reprodução

Arquivo Pessoal/Reprodução

Problema de saúde pública que virou personagem de animação, a ansiedade coloca o Brasil no topo da lista de países com mais casos, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Conforme informações da instituição, 18,6 milhões de ansiosos habitavam o Brasil em 2023. No mundo, o número chegou a 300 milhões. A temida emoção é natural do ser humano e tem como função a preservação, diz o psicólogo Lieber Faiad, em conversa com o .

Retratada no filme “Divertida Mente 2”, da Disney, a ansiedade é uma emoção presente não apenas em humanos, mas em todos os seres vivos, diz o psicólogo Lieber Faiad. Ela faz parte do mecanismo de defesa, conhecido como movimento de luta ou fuga e se mostra presente quando uma situação de ameaça é apresentada.

Diferente de outras espécies, os humanos vivenciam um fator diferenciado da ansiedade, as questões psicológicas e emocionais, narra Faiad.

As reações que a ansiedade desencadeiam no corpo podem variar em cada pessoa, mas geralmente pensamento e coração acelerados costumam ser os sintomas mais presentes durante um episódio.

Situações que remetem a lembranças de eventos traumáticos, os chamados “gatilhos”, também podem realçar a ansiedade. “Por exemplo, eu coloco uma experiência de um assalto numa rua onde eu estava sozinho e ali eu fui abordado. Essa experiência gerou em mim um trauma. Quando eu for passar de novo, seja pela mesma rua ou uma situação parecida, o meu corpo, o meu organismo pode desencadear essas manifestações” exemplifica o profissional.

Reprodução

Divertida Mente 2

 

Ansiedade é vilã?
“Se alguém falar assim, eu não tenho ansiedade. Não, você só não está sabendo identificar, mas nós temos ela”, afirma Faiad, que compara a temida emoção ao aquecimento realizado por atletas antes de uma partida. Aquecimento esse que deixa o corpo preparado e atento. A ansiedade funciona da mesma forma, deixando o organismo e a mente preparados para as atividades que demandam atenção no cotidiano.

Ele alerta, porém, para sinais de quando a emoção pode se tornar um problema. Deixar de fazer algo por medo ou abandonar o convívio social por receio do que os outros possam pensar são alguns exemplos citados pelo profissional, que afirma que tudo em excesso não é saudável e não é diferente com a ansiedade.

Arquivo Pessoal

Lieber Faiad

 

Se abrir para o processo de ajuda é muito importante no tratamento, enfatiza o profissional, que cita a rede de apoio de familiares, amigos ou pessoas próximas como primeira opção de acolhimento daqueles que se sentem ansiosos. Buscar tratamento com profissionais da saúde mental também é de extrema importância para a qualidade de vida do ansioso.

 

“A psicoterapia é muito importante, porque a pessoa vai descobrir o que está causando isso. E associado à psicoterapia, muitas vezes também é necessário o acompanhamento psiquiátrico, médico”, afirma Lieber, que reforça a importância da psiquiatria em alguns casos, com uso de medicamentos que atuam na parte psíquica do indivíduo, trazendo melhora.

Ele aborda a ansiedade como “porta de entrada para o tratamento psicológico” e relata o aumento do número de pacientes que chegam ao seu consultório com essa queixa, muitas vezes acompanhada de outras questões psicológicas, pois a ansiedade seria um efeito e para cada pessoa a razão desse efeito tem um motivo específico.

O psicólogo coloca o diálogo como um dos principais remédios na vida de quem lida com um ansioso. Exercitar a paciência e conversar sobre o problema podem auxiliar a identificar a origem daquela ansiedade e ajudar a acalmar, mas ele alerta; “Só falar para a pessoa, calma, calma, calma. Não resolve. Pelo contrário, deixa a pessoa ainda mais ansiosa”.

Ele ainda cita algumas frases que podem ser utilizadas para reflexão naquele momento de consciência alterada, como “O que você está sentindo agora?” “Você consegue identificar o que está causando esse sentimento?” “Existe algo que pode ser feito?” “Essa coisa já está acontecendo?” “Temos como resolver agora?” “É uma situação futura? Então, se é no futuro, que ainda não tem nada para fazer agora, vamos focar em outras coisas e vamos focar nessa outra coisa no futuro”.

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