30.04.2014 | 16h51
Divulgação/ Polícia Federal![]() Documentos apreendidos em Pontes e Lacerda na casa do servidor preso pela Polícia Federal |
Dos 6 servidores de unidades do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em Mato Grosso que tiveram mandados de prisão temporária (5 dias) expedidos pela Justiça Federal nesta quarta-feira (30), somente 1 não foi preso pela Polícia Federal (PF). Os acusados vão responder pelos crimes de peculato, que é o desvio de dinheiro praticado por servidor público e associação criminosa. Os agentes apreenderam R$ 156 mil e ainda 2 mil dólares em Rondonópolis, na casa de um dos alvos da operação. Estima-se que o prejuízo chegue aos R$ 2 milhões movimentados em 7 anos. De acordo com a PF, desse valor total, pelo menos R$ 1,3 foi movimentado entre 2010 e 2013.
Entre os investigados, está o diretor-geral do IBGE em Mato Grosso. As prisões foram efetuadas em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Pontes e Lacerda e Rondonópolis. Na Capital, deveriam ser presos 2 acusados, mas 1 segue foragido. Na operação, batizada Doutor Lao, também foram cumpridos 2 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada apenas para prestar esclarecimentos e depois é liberada. As demais ordens judiciais são 15 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades já mencionadas e também no município de Santo Antônio do Leverger.
Na casa do servidor de Pontes e Lacerda dezenas foram apreendidos de blocos de notas fiscais falsificadas em nome de diferentes empresas. A PF acredita que ele usava as notas fiscais para justificar os gastos, pois não é dono de emrpesa e mesmo assim armazenava dentro de casa uma grande quantidade de notas fiscais em branco. As buscas foram cumpridas principalmente nas residências dos acusados, que não tiveram os nomes divulgados.
Conforme o delegado da Polícia Federal, Guilherme Torres, um dos envolvidos na operação, os servidores praticavam os desvios de dinheiro público por meio de fraude em prestações de contas desses recursos e através de saques irregulares, recibos inidôneos, ou seja, favorecidos que não prestam o serviço descrito ou mortos. As fraudes também envolviam dados de veículos incompatíveis com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), notas fiscais frias, montagens de prestações de contas de servidores diversos por uma mesma pessoa e falsificação de assinaturas dos servidores responsáveis pela concessão e aprovação dessas prestações.
Segundo a Polícia Federal, todo o esquema tinha anuência dos chefes das unidades do IBGE dos municípios alvos da operação, que autorizaram as compras dando razão à fraude.
A operação foi realizada em parceria entre a PF, a Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) Pelo menos 70 policiais federais e 10 auditores da CGU participaram das ações no cumprimento dos mandados. O nome da operação é uma referência ao personagem do filme As sete faces do Dr. Lao, no qual um chinês, mestre dos disfarces, interpreta sete personagens diferentes. Par ao crime de peculado a pena é prisão de 2 a 12 anos enquanto denunciação caluniosa prevê pena de prisão de 4 e 8 anos.
O IBGE se posicionou ao Gazeta Digital por meio da seguinte nota:
O IBGE esclarece que após receber denúncias de uso irregular de recursos públicos, encaminhou ofício a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitando atenção especial para identificação de possíveis irregularidades no âmbito da instituição. A investigação resultou na ação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal que deflagrou, na manhã de hoje, a operação contra alguns servidores da Unidade do IBGE em Mato Grosso. As investigações contam com a total colaboração do IBGE, que acompanhará os desdobramentos e adotará os procedimentos que se fizerem necessários.
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Pedro - 01/05/2014
Muita gente estudando para conseguir um emprego público e aí se envolve em falcatruas...cadeia e exoneração imediata para todos os envolvidos...
1 comentários