naufrágio no Manso 30.12.2025 | 09h04

jessica@gazetadigital.com.br
Reprodução TV Vila Real
“O pessoal da marina ouviu os gritos e conseguiu me localizar”, lembra Camila Mazzaron, sobrevivente do naufrágio de um barco no Lago do Manso. Ela e os dois filhos conseguiram ser salvos, mas o marido, Lucas Yerdliska, e o piloto Vando Celso de Almeida seguem desaparecidos. O Corpo de Bombeiros e a Marinha do Brasil procedem o terceiro dia de buscas pelas vítimas.
Camila e o caçula foram salvos graças à coragem do filho mais velho, Bernardo, que conseguiu nadar até a margem e pedir socorro. “Ele toda hora me fala que vai ficar tudo bem. Eu sabia que ele iria conseguir, ele é muito forte”, afirma.
Em entrevista à TV Vila Real, a mulher detalhou a rotina daquele domingo de lazer. De férias em Mato Grosso, a família paranaense havia passeado em Chapada dos Guimarães e decidiu conhecer o Lago do Manso. Almoçaram por volta de 14h30 e logo embarcaram para o ‘tour’ de lancha.
Era dia ainda, o céu estava limpo e a água calma. Contudo, de repente, um vendaval começou na região e formou ondas altas, que desestabilizaram o barco. “Ele não conseguiu segurar [a lancha], era muito vendo, muita onda e o barco virou. Foi tudo muito rápido”, relembra jovem de Arapongas, interior do Paraná.
Camila recorda que o filho Bernardo, herói que salvou ela e o irmão, estava de coleta. Na hora em que todos caíram na água, o piloto deu outro salva-vidas para a mulher, que o vestiu e se apoiou em mochilas e objetos que alcançou para tentar manter a si e seu bebê de um ano e dois meses fora da água.
A mãe conta que viu um monte de areia longe e orientou que Bernardo fosse até lá, pois deveria haver moradores a quem pudesse pedir ajuda. Enquanto o menino nadava até terra firme, a mãe gritava por socorro. Momentos que se estenderam até a noite e logo as luzes da marina se acenderam, o que deu esperança de serem encontrados, pois parecia que a margem estava próxima.
“Eu vi esta luz vermelha e verde e comecei a bater a mão e o pé para conseguir chegar. Ai eu consegui chegar, a água estava calma e eu pensei ‘agora é minha hora’. Eu gritei bastante e o pessoal do condomínio ouviu os gritos, o pessoal da marina também e assim conseguiu me localizar”, detalha a sobrevivente.
Segundo ela, o marido e o piloto não vestiam colete, mas havia o equipamento no barco. Pelo menos mais um.
“Minha esperança é que eles estejam em alguma mata. Me falaram que o Vando é experiente, conhece o Manso e a mata na região”, afirma a mulher.
O caso
No domingo (28), por volta de 19h30, o Corpo de Bombeiros foi comunicado que uma lancha havia virado no lago e que uma família estava na água. Um menino, filho mais velho do casal, vestia colete salva-vidas, conseguiu sair da água e pedir ajuda a moradores da vizinhança.
Ainda na noite de domingo, além do menino, a mãe, Camila Mazzaron, e o bebê de menos de dois anos foram resgatados da água.
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