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pandemia no Xingu 31.03.2022 | 07h27

Sobrinha do cacique Aritana conta como covid dizimou indígenas

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Reprodução/Instagram

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Watatakalu Yawalapiti, sobrinha do cacique Aritana Yawalapiti, viu de perto como a covid-19 matou dezenas de indígenas no Parque Indígena do Xingu, no norte de Mato Grosso. Na pandemia ela perdeu a mãe, o tio Aritana e mais 6 familiares.

 

Em depoimento divulgado pela revista Piauí, Watatakalu conta como a covid-19 chegou às aldeias e o rastro de destruição e tristeza que deixou por onde passou. Sem infraestrutura para atender os doentes e com pouco apoio do governo, os indígenas, especialmente os mais velhos, não tiveram chance contra a doença.

 

Leia também - MT tem 8 mortes por covid no fim de semana e mais de 1,2 mil casos

 

"A covid entrou no território Xingu no final de maio de 2020, na região do rio Culuene, e o primeiro boletim com casos confirmados saiu em junho", lembra a líder indígena. Uma das primeiras infectadas em sua família foi a irmã Ana, que chegou a ter 80% do pulmão comprometido e duas paradas cardíacas. Ela sobreviveu, mas ainda enfrenta dificuldades.

 

"Nossos parentes eram levados para receber tratamento médico na cidade e morriam. Teve um dia que escutei o barulho do avião levando o corpo do meu tio e temia que a minha irmã fosse a próxima", afirma Watatakalu.

 

O cacique Aritana, que morreu em agosto de 2020 deixou toda a comunidade em choque. "O Xingu todo parou. Nosso povo ficou órfão. (...) Naquele momento, as pessoas das aldeias já tinham percebido que não era uma 'gripezinha', como havia dito o governo federal, porque vários parentes nossos estavam morrendo por causa da doença".

 

"Desde que a pandemia chegou ao território Xingu, além da minha mãe, perdi dois tios, duas primas, uma tia-avó, um tio-avô e o marido da minha prima por conta da Covid. Foram oito pessoas da minha família direta. Durante todo esse tempo, a saúde indígena nos abandonou", enfatizou a sobrinha de Aritana.

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