tarifas de 50% 13.08.2025 | 14h46
Reprodução/Banco do Nordeste/Arquivo
As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros instituídas pelo governo de Donald Trump estão em vigor há uma semana. Embora já seja possível avaliar alguns impactos iniciais, o verdadeiro prejuízo só poderá ser mensurado nos próximos meses.
Entre as regiões mais afetadas estão os estados do Nordeste, grandes produtores de açaí, produtos químicos, metais preciosos, açúcar, combustíveis, óleos minerais, borracha, peixes, frutas, calçados e outros itens.
O economista-chefe do BNB (Banco do Nordeste), instituição de fomento à economia local, Rogério Sobreira, explica haver uma forte expectativa de que o impacto seja significativo na região. “Existe a expectativa de que as exportações diminuam e, com isso, haja reflexos no PIB da região.”
Ele também destacou que a medida emergencial do governo federal, prevista para ser apresentada nesta quarta-feira (13), não é uma solução definitiva para o problema. Para ele, é preciso buscar a abertura de novos mercados, o que pode ser um desafio complexo.
“As empresas se preparam durante anos para direcionar grande parte da produção ao mercado norte-americano. Isso vale, por exemplo, para o aço e o ferro fundido. No caso de alimentos perecíveis, as regras sanitárias de cada país podem dificultar e prolongar o processo de substituição do mercado dos EUA.”
Negociações devem continuar
Sobreira lembra que os Estados Unidos estão entre os principais parceiros comerciais do Nordeste e que, mesmo com as taxas em vigor, as negociações continuam sendo um caminho “perfeitamente válido.”
“A manutenção do diálogo é essencial. Em algum momento, certamente será possível encontrar um canal para efetivar acordos, como ocorreu no primeiro governo Trump, quando, após sobretaxas, foi aberta negociação que resultou em uma cota especial para exportação de aço e ferro sem tarifas adicionais.”
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