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SUSTENTABILIDADE 20.07.2025 | 07h00

ESG deixa de ser tendência e vira estratégia no campo, afirma especialista internacional

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O agronegócio brasileiro tem avançado significativamente na adoção de práticas ESG (Ambiental, Social e Governança), refletindo uma nova mentalidade de gestão nas propriedades rurais. Segundo levantamento da Serasa Experian, 91,8% dos produtores já aplicam ações alinhadas ao tema em suas rotinas, evidenciando um compromisso crescente com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

 

Para a administradora e pesquisadora internacional Vanessa Chiamulera, o ESG é uma ferramenta estratégica para estruturar processos, valorizar pessoas e garantir a longevidade dos negócios. Com esse olhar, ela conduz a palestra principal do circuito Agroligadas Agrega, promovido pelo Movimento Agroligadas, que tem como tema “A gestão que gera valor – Um novo olhar para o agro brasileiro”.

 

Leia também - Setores Produtivos se unem na Expoagro em busca de investimentos para Cuiabá e MT

 

O evento percorreu cinco cidades de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nos meses de junho e julho, alcançando cerca de 600 pessoas. Os encontros destacaram o propósito do Movimento Agroligadas e mostraram, de forma prática, como os conceitos de sustentabilidade e governança podem ser aplicados no dia a dia das fazendas. O núcleo Agroligadas de Cuiabá foi o responsável pelo encerramento da primeira etapa do circuito Agrega - realizado durante a 57ª Expoagro.

 

“Produzimos com excelência, mas muitas vezes falhamos ao enxergar a fazenda como uma empresa. A gestão ainda é um ponto frágil. E o ESG vem justamente como ferramenta para estruturar processos, valorizar pessoas e garantir longevidade ao negócio”, afirmou Vanessa.

 

Ela também destacou a importância da escuta ativa e da construção de uma cultura organizacional mais transparente e colaborativa nas propriedades rurais. “Hoje, há interesse real por esse tema. Muitos colaboradores querem se envolver mais, entender o negócio. É um momento de transformação no campo. É um momento de abertura, e os encontros presenciais têm sido essenciais para isso”, pontuou.

 

O evento também marcou experiências transformadoras, como a da professora universitária Elizabeth Neves, que assumiu recentemente a administração da fazenda da família. “A palestra me ajudou a entender que a gestão é o que gera valor. A comunicação com os funcionários, o ambiente de trabalho, tudo isso impacta. E o mais importante, ainda há resistência em aceitar mulheres na liderança no agro. Sentir que não estou sozinha nesse processo faz toda a diferença”, relatou.

 

O que vem por aí

Com a primeira etapa concluída, o Movimento Agroligadas planeja novas ações para aprofundar o tema discutido e alcançar mais regiões do país. O circuito passou por Campo Verde, Primavera do Leste e Cuiabá (MT), além de Sonora e Costa Rica (MS), com eventos gratuitos e abertos ao público. Participaram produtores rurais, estudantes, colaboradores, famílias e profissionais ligados ao agronegócio. Além do conteúdo técnico, os encontros promoveram espaços para troca de experiências e fortalecimento das redes locais.

 

Na avaliação de Geni Schenkel, presidente do Movimento Agroligadas, o engajamento superou as expectativas. “Nosso objetivo era criar conexões e fortalecer o protagonismo de quem está no dia a dia da fazenda. Conseguimos envolver pequenos, médios e grandes produtores, colaboradores e familiares. E vimos que há uma sede por esse tipo de conhecimento”, destacou.

 

A segunda fase está prevista para setembro e vai contemplar os municípios de Sapezal, Lucas do Rio Verde, Sinop, Diamantino e Barra do Bugres, todos em Mato Grosso. Já a terceira etapa ocorrerá no segundo semestre, passando por Boa Vista (RR), Bagé (RS) e São Carlos (SP).

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