por causa da pandemia 13.06.2021 | 09h16

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Reprodução/Instagram
A seleção boliviana de futebol será a equipe que mais vezes irá jogar na Arena Pantanal durante a Copa América 2021. Ao todo, os comandados do técnico César Farías utilizarão o estádio em 3 oportunidades: contra Chile, Uruguai e Argentina. Apesar dos 1.231 Km que separam a Bolívia de Mato Grosso, os torcedores não poderão acompanhar a seleção de perto, devido ao protocolo rigoroso estabelecido pela Conmebol, que proíbe a presença de público dentro do estádio e nas suas imediações.
Polêmicas e protestos tomaram conta desta edição de Copa América. Após Colômbia e Argentina desistirem por razões diferentes de receber as delegações dos 10 países participantes do torneio, o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aceitaram o pedido da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), para sediar a competição continental, mesmo com o descontrole do vírus da covid-19 e a forte crise política no país.
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Para Sergio Rivero Khun, ex-jogador da Seleção da Bolívia e autor do gol que possibilitou que o país se classificasse pela primeira para Copa do Mundo, a competição não deveria ser disputada em um momento que a pandemia tira várias vidas diariamente no território sul-americano. “Não é o momento para a realização deste torneio, a pandemia cobra muitas vidas na américa do Sul, o momento em que vivemos exige mais vacinação”.
Quanto as expectativas sobre a seleção boliviana na Copa América, Rivero torce e deseja a equipe passe pelo menos da primeira fase.
O professor boliviano Carlos Veggi mora em Cuiabá há 37 anos. Em conversa com o
, o educador explica a sensação de estar tão perto da seleção de seu país e ao mesmo tempo tão longe.
"Esta edição vai ser mais para TV, infelizmente é para TV, pois não é uma competição que tem aquela alegria de você estar junto, estar abraçando e confraternizando. Mesmo que a equipe perca, só de estar ali junto, torcendo, gritando e vendo o esforço dos jogadores da sua seleção é muito gratificante”.
Carlos explica que já teve a oportunidade de ver a seleção boliviana de perto, mas esclarece que o momento que vivemos (pandemia) não é oportuno para a realização da competição. Sem a presença dos torcedores nos estádios, o professor classifica o torneio como um programa de TV qualquer. “Nas vezes que a Bolívia jogou aqui em Cuiabá eu fui e muita gente da fronteira também foi, porém, infelizmente, o momento não é para isso, não podemos falar que uma competição dessa vai nos dar alegria, vai ser apenas um programa de televisão como qualquer outro”, afirmou o professor.
História
Os bolivianos disputaram a Copa América 23 vezes e foram campeões em apenas uma oportunidade, no ano de 1963, sendo o único título da história da seleção.
O futebol é uma das paixões do povo boliviano, a maioria das crianças crescem sonhando em jogar em clubes tradicionais do país como Bolívar, Jorge Wilstermann, Oriente Petrolero, The Strongest e posteriormente defender as cores da seleção em competições continentais e intercontinentais.
A primeira partida da “La Verde”, como é carinhosamente chamada pelos torcedores, aconteceu no dia 12 de outubro de 1926 em Santiago do Chile, pelo Campeonato Sul-americano de 1926. A Bolívia é conhecida por ter um futebol pouco técnico e vistoso, tendo apenas três participações em Copas do Mundo na história (1930, 1950 e 1994). Nas Copas de 1930 e 1950, a seleção participou como convidado, enquanto na edição de 1994 participou depois de ter se classificado nas eliminatórias sul-americanas.
A Seleção conseguiu marcar apenas um gol em Copas do Mundo e ele veio na edição de 1994, no jogo entre Bolívia e Espanha. O atacante Erwin Sánchez foi autor do gol histórico, porém o tento não surtiu efeito, já que a Espanha venceu a partida por 3 a 1 naquela ocasião.
Confrontos na Copa América 2021
A seleção bolivia estreia no torneio continental contra o Paraguai, na segunda-feira (14), no estádio Olímpico, em Goiânia. O grupo também conta com Argentina de Linel Messi e Lautaro Martínez e o Chile de Arturo Vidal e Alexis Sánchez.
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