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Mundial atípico 04.08.2023 | 10h47

Copa do Mundo feminina de 2023 é marcada por zebras e queda precoce de gigantes

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Reprodução/ FIFA

Reprodução/ FIFA

Pela primeira vez na história da Copa do Mundo feminina, 32 seleções disputaram o torneio. O aumento expressivo de competidores (na edição de 2019 foram 24 times) chegou a preocupar comentaristas e especialistas, que temiam que o nível técnico do campeonato decaísse devido à chegada das equipes debutantes e algumas mais fracas.

 

Apesar do Mundial de 2023 contar com a estreia de oito times - Panamá, Haiti, Portugal, Marrocos, Filipinas, Irlanda, Vietnã e Zâmbia -, o que se viu foi um torneio onde o peso e a tradição das camisas se tornaram secundários perante o futebol apresentado em campo. O Estadão separou os cinco maiores vexames e zebras da fase de grupos da Copa do Mundo feminina de 2023. E o primeiro deles ainda dói no torcedor brasileiro.

 

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BRASIL


O Brasil não chegou como favorito para a Copa do Mundo de 2023. Em um período de transição geracional, a equipe comandada por Pia Sundhage era vista como um time competitivo, mas as chances de título não eram altas. A surpresa, no entanto, foi ver que Marta e companhia não conseguiram sequer passar da fase de grupos.

 

Após um excelente resultado contra o Panamá, a seleção brasileira sofreu com a bola aérea da França e foi para a última partida contra a Jamaica precisando de uma vitória. Algo que era, aparentemente, mais fácil na teoria do que foi na prática. O Brasil controlou o jogo contra as jamaicanas, mas não conseguiu furar a excelente defesa da equipe rival e amargou um empate sem gols, o que eliminou o time da competição.

 

A queda precoce foi particularmente cruel por se tratar da última Copa do Mundo de Marta, Rainha do futebol, seis vezes melhor do mundo e maior artilheira do Mundial, tanto no feminino quanto no masculino. O futuro de Pia Sundhage, que foi criticada por seu trabalho no último jogo, ainda é incerto. Ela, no entanto, diz que pretende cumprir seu contrato até agosto de 2024.

 

ALEMANHA


Bicampeã mundial, a Alemanha jamais havia ficado fora da fase de grupos de uma Copa do Mundo. Nesta edição, no entanto, provou que há uma primeira vez para tudo. O início do torneio alemão foi o que todos esperavam da poderosa seleção europeia: elas golearam Marrocos com facilidade e assumiram a liderança do Grupo H.

 

Na partida contra a Colômbia, tudo mudou. Nos acréscimos da segunda etapa, a colombiana Linda Caicedo driblou duas jogadoras para marcar um golaço, que sacramentou a vitória sul-americana. Com o resultado, as alemãs entravam em campo contra a Coreia do Sul dependendo de si mesmas.

 

O que se viu foi, no entanto, foi uma Alemanha nervosa. As sul-coreanas abriram o placar logo nos primeiros minutos e, apesar do controle da posse de bola, as alemãs não conseguiam transformar sua superioridade em vantagem. Repetindo a péssima campanha da equipe masculina na Copa de 2018, as europeias não conseguiram bater a Coreia do Sul e se viram eliminadas na fase de grupo pela primeira vez.

 

CANADÁ


Assim como o Brasil, o Canadá também aposentava sua maior jogadora neste Mundial. A experiente atacante Christine Sinclair, de 40 anos, atuava em sua sexta edição do torneio. Problemas extra campo com a Federação de Futebol Canadense, entretanto, acabaram sabotando a atuação das canadenses.

 

Atuais campeãs olímpicas, as canadenses lutaram contra sua própria federação para garantir o apoio financeiro necessário para a disputa da competição. O imbróglio se estendeu durante todo o torneio e é difícil imaginar que não tenha afetado o desempenho em campo. Sinclair, que poderia ter se tornado a primeira mulher a marcar gols em seis edições de Copa do Mudo, até teve a chance de estabelecer esse recorde no jogo contra a Nigéria. Ela acabou desperdiçando um pênalti e, de quebra, a chance de vitória.

 

O Canadá reagiu e venceu a Irlanda, mas, na última rodada, foi presa fácil para as anfitriãs australianas e levou um sonoro 4 a 0. Com o resultado, elas se tornaram a primeira seleção da história a ser campeã olímpica e eliminada na fase de grupos da Copa no mesmo ciclo.

 

MARROCOS


Se Marrocos foi a seleção revelação da Copa do Mundo masculina de 2022, no Catar, as jogadoras marroquinas querem repetir o feito e, até o momento, têm mostrado que são capazes de manter o nível de excelência adquirido pela equipe do treinador Walid Regragui.

 

Uma goleada de 6 a 0 sofrida logo na primeira rodada não abalou a equipe africana, que se recuperou rapidamente e bateu a Coreia do Sul com autoridade. Foi a primeira vitória do país na história dos Mundiais. Para a última jornada, Marrocos surpreendeu mais uma vez e venceu a poderosa Colômbia, classificando-se em segundo lugar do Grupo H.

 

A emoção do treinador Reynald Pedros, que conquistou tudo com o Lyon feminino nos últimos anos, e de suas jogadoras após o apito final é uma cena que ficará na história. Nas oitavas de final, a seleção africana enfrenta a poderosa França.

 

JAMAICA


Algoz do Brasil na última rodada, a Jamaica surpreendeu o mundo com sua solidez defensiva. Na primeira partida contra a França, um empate sem gols foi impressionante, mas muitos acreditavam ter sido um jogo de sorte.

 

As caribenhas, no entanto, mostraram que sabem jogar bola e garantiram uma vitória contra o Panamá e mais um empate com o Brasil, classificando-se para as oitavas em segundo do Grupo F. O segredo? A melhor defesa do campeonato. Até o momento, as jamaicanas não levaram um gol sequer.

 

A competição, entretanto, não é só alegrias. A Federação de Futebol do país não arcou com todos os custos da participação do time no torneio, o que obrigou a mãe de uma das jogadoras da equipe a abrir uma vaquinha online para arrecadar fundos. Sandra Phillips-Brower, mãe da meia Havana Solaun, criou a campanha chamada ‘Reggae Girlz Rise Up‘ (Garotas do Reggae, levantem-se, em tradução livre) e faturou US$ 50 mil, algo em torno de R$ 238 mil. Agora, a seleção caribenha enfrenta a Colômbia nas oitavas.

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