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esposa seria testemunha em júri 28.05.2025 | 18h53

MP vê racismo por parte de PM que atirou em jogador de futebol pelas costas; 'estereótipo de bandido'

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Reprodução

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O promotor de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Jacques de Barros Lopes, afirmou que enxerga racismo na conduta do policial militar Ricker Maximiano de Moraes, 32, na tentativa de homicídio contra um adolescente, em 2018, por supostamente “rir” enquanto o via discutir com sua esposa. O MP aponta a possibilidade do PM ter assassinado esposa Gabrieli Daniel de Sousa, 31, no último domingo (25), como "queima de arquivo", já que ela era testemunha do crime que seria julgado nesta quarta-feira (28).

 

Conforme o promotor, o comportamento de Ricker demonstra uma conduta racista de reforçar estereótipos contra os 3 adolescentes pelo fato de serem negros, pobres e andar em grupo a noite, o que, em sua visão, seria motivo suficiente para justificar a agressão.

 

“Três jovens passavam na rua enquanto ele discutia com a Gabrieli. Os jovens passaram, eram pobres, negros e que, segundo ele, possuíam estereótipo de bandido. Ele não teria gostado e simplesmente sacou a arma e deu um tiro na vítima, que ficou com sequelas motoras. Ele era jogador de futebol, teve sua vida profissional ceifada e não pôde mais jogar bola, não consegue mais urinar, usa sonda e isso trouxe consequências gravíssimas a ele e os demais sofreram abalo emocional”, argumentou o promotor.

 

Além disso, Lopes cita que o PM ainda teria acusado os jovens de tentativa de assalto, o que foi descartado por meio de imagens de câmeras de segurança. “O que dá indignação é que ele adotou uma linha de defesa racista, ao acusá-los de um crime que não cometeram. Ele acusa os jovens de tentar assaltá-lo. Isso não aconteceu. Tivemos no processo acesso a vídeo de câmera de segurança e mostra que os jovens correndo longe dele e um deles toma o tiro de costas, versão contraditória a que ele apresenta. A todo tempo, ele quer por uma carapuça de criminosos nos jovens. Ele mostra seu caráter perverso de imputar a eles um crime que não ocorreu”, acrescenta.

 

O promotor ainda levanta a possibilidade do policial ter assassinado a esposa Gabrieli no último domingo, por ser uma testemunha ocular do crime e questiona se a mulher teria negado a mentir por ele no júri que ocorreria nesta quarta. De qualquer modo, o membro do MP ainda cita que os fatos podem estar correlacionados e incita que a polícia investigue essa possível relação.

 

“É preciso analisar até que ponto ela aceitou mentir no processo em que seria testemunha em um contexto de violência que sofria, se tem essa relação. A polícia deve analisar até esta linha de investigação”, afirma. 

 

Por se tratar de processos distintos, o caso do feminicídio continua em fase de inquérito policial, em que foi feito o flagrante e, ao serem concluídas as investigações, o delegado responsável irá enviar ao Ministério Público para oferecimento de denúncia.

O júri popular em que Ricker responde por tentativa de homicídio contra o jogador de futebol, marcado para esta quarta, foi adiado para 8 de julho devido à troca de defesa do réu. 

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Comentários

João Benedito Souza - 30/05/2025

Este e o tipo de elemento que já tinha ser exonerado da corporação.Mas aliviaram e agora cometeu outro crime...

1 comentários

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