EM ESCOLA DE SORRISO 28.08.2025 | 12h10
redacao@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
O Ministério Público de Mato Grosso, através da 5ª Promotoria Criminal de Sinop, denunciou um professor por envolvimento com uma organização criminosa que atuava dentro do ambiente escolar. De acordo com a investigação, ele teria exercido um papel de liderança no grupo, utilizado arma de fogo para facilitar as atividades ilegais e recrutado adolescentes para participar das ações criminosas, incluindo o tráfico de drogas.
Conforme apontado pelo promotor de Justiça, Marcelo Linhares Ferreira, o denunciado integrou e promoveu uma organização criminosa dedicada à prática de diversos delitos violentos. Durante as investigações, foi comprovado o envolvimento do acusado, professor à época dos fatos na Escola Estadual Mário Spinelli, localizada em Sorriso, nos crimes de organização criminosa e tortura mediante sequestro.
Consta ainda que o acusado, conhecido na escola como “Professor do CV”, teria autorizado adolescentes sob seu comando a aplicarem um “salve” (suplício corporal) em outros estudantes, em razão de boatos envolvendo membros da facção criminosa. “Ele (professor) usava as redes sociais para recrutar alunos para o Comando Vermelho introduzindo-os no tráfico de drogas, o que é um absurdo”, destacou o promotor de Justiça.
Dados extraídos do celular do acusado comprovaram que ele se utilizava da função de professor para aliciar e recrutar alunos adolescentes para o crime organizado, inclusive intermediando o “cadastro” desses jovens como “lojistas” junto às lideranças da facção, para atuarem na comercialização de entorpecentes em favor da organização criminosa.
O denunciado também se aproveitava da posição de professor para fornecer entorpecentes aos alunos dentro da escola. “Desta forma, resta evidente que o acusado integrou e promoveu a organização criminosa, assim como praticou o delito de tráfico ilícito de entorpecentes. Observa-se ainda que, após o ‘cadastro’ dos adolescentes, o denunciado mantinha ascendência sobre eles, seja valendo-se de sua posição de professor, seja como ‘padrinho’ na facção, evidenciando sua liderança local”, pontuou o promotor.
No oferecimento da denúncia, o MPMT também se manifestou pela manutenção da prisão preventiva do professor.
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