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'apaziguar' 20.09.2023 | 10h22

Biden cobra posição de líderes sobre Ucrânia; Lula se distancia de conflito

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Ricardo Stuckert

Ricardo Stuckert

Brasil e EUA abriram a Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira, 19. Como de costume, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro a discursar, seguido do americano Joe Biden. Os dois apresentaram posições divergentes sobre o tema principal do encontro: a guerra na Ucrânia. Enquanto Biden criticou abertamente a Rússia, Lula tentou manter uma certa neutralidade.

 

Lula não citou diretamente a Rússia nem Vladimir Putin e mencionou outros conflitos mundiais para reforçar que ‘nenhuma solução será duradoura se não for pautada em diálogo‘. ‘A guerra na Ucrânia escancara a incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU‘, disse Lula.

 

Leia também - ‘Guerras não têm vitoorisos e paz não tem derrotados’, diz Erdogan sobre conflito na Ucrânia

 

Já Biden foi enfático em defesa da Ucrânia e afirmou que os russos são os únicos culpados pela guerra, destacando que nenhum país estará seguro se os princípios da ONU forem violados para ‘apaziguar‘ a Rússia. ‘Devemos enfrentar esta agressão flagrante hoje para dissuadir outros possíveis agressores amanhã‘, afirmou o americano.

 

Agenda comum

 

Biden e Lula terão nesta quarta, 20, uma oportunidade de reduzir suas diferenças sobre a guerra na Ucrânia em uma reunião fechada entre os dois em Nova York. No entanto, nem tudo no encontro bilateral será desentendimento. Brasil e EUA têm vários pontos em comum em suas agendas de política externa, como ficou claro ontem na disposição dos dois presidentes.

 

Lula aproveitou o discurso, seu oitavo na ONU, para recolocar o Brasil como líder na luta contra o aquecimento global.

 

‘Hoje, a questão climática bate às nossas portas‘, disse. ‘E impõe perdas e sofrimentos, sobretudo aos mais pobres.‘

O presidente brasileiro criticou também a representatividade da ONU, se juntando ao coro internacional que pede uma reforma de suas instituições. ‘O Conselho de Segurança vem perdendo progressivamente sua credibilidade‘, afirmou Lula. ‘Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e da urgência de reformá-lo.‘

Biden, que discursou logo em seguida, concordou com Lula em vários aspectos. Ele pediu cooperação para superar a crise climática e também defendeu uma reforma no Conselho de Segurança. ‘É preciso superar o impasse que paralisa o conselho‘, afirmou o americano. ‘Precisamos de mais vozes.‘

Volta

Lula, que voltou à ONU após 14 anos, fez um discurso de 21 minutos em defesa do multilateralismo, anunciando que o Brasil está de volta para contribuir com o enfrentamento dos principais desafios globais. ‘Resgatamos o universalismo da nossa política externa, marcada por diálogo respeitoso com todos‘, disse o brasileiro.

Zelenski

Outro momento bastante aguardado na abertura da Assembleia-Geral foi o discurso do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski - a primeira vez que ele fala presencialmente na ONU desde que seu país foi invadido pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Zelenski tentou retratar a agressão russa como uma ameaça que não se restringe à Ucrânia. ‘O objetivo da guerra é transformar nossa terra, nosso povo, nossas vidas, nossos recursos em um ataque à ordem internacional com base em regras‘, afirmou. ‘A Rússia está transformando em armas bens essenciais, como alimentos e energia, não só contra nosso país, mas contra todos vocês.‘

Zelenski conseguiu duas reuniões importantes à margem da Assembleia-Geral da ONU. Ele se encontrará hoje com Biden e Lula, separadamente. O encontro entre os presidentes de Brasil e Ucrânia deveria ter acontecido na cúpula do G-7, no Japão, em maio. Na ocasião, segundo Lula, Zelenski não apareceu. (COM AG‹NCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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