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reaproveitamento 25.09.2025 | 15h53

Como a China converteu um jato da Guerra Fria em um drone de combate moderno

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Reprodução/Weibo

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A China apresentou pela primeira vez no Changchun Air Show um caça J-6 convertido em drone de combate. O modelo, desenvolvido a partir de um jato da era soviética, marca a estratégia de Pequim de reaproveitar aeronaves antigas para missões não tripuladas. Segundo a organização do evento, o aparelho pode atuar tanto em operações de ataque quanto como alvo de treinamento.

 

“Esta aeronave foi modificada com base no caça J-6, com a remoção dos sistemas de armas de canhão, tanques de combustível externos e assentos ejetáveis. Ela foi equipada com um sistema de controle de voo automático e piloto automático, torres de asa adicionais e um sistema de navegação por acompanhamento de terreno”, disseram fontes chinesas ao site Defence Blog.

 

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A versão atualizada do drone teria realizado seu primeiro voo não tripulado em 1995. Desde então, foi usada em diferentes funções, como simulação de ameaças, treino de artilharia antiaérea e exercícios de tiro real, até receber as características atuais de um drone de combate.

 

O J-6, versão chinesa do MiG-19 soviético, foi durante anos a espinha dorsal da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China. Ele voou pela primeira vez em 30 de setembro de 1959 e mais de 4.500 unidades foram produzidas e operadas até 1990.

 

Embora tenha sido retirado do serviço de linha de frente, a China mantém um grande estoque dessas aeronaves ainda em condições de voo. A conversão para drones permite transformar esses aviões em plataformas descartáveis, úteis tanto para treinamento quanto para sobrecarregar sistemas de defesa aérea inimigos em um conflito.

 

A presença do J-6 no show aéreo reacendeu discussões sobre a estratégia chinesa de drones em múltiplas camadas. Além de modelos avançados, como o GJ-11 e o WZ-8, a reutilização de caças antigos sugere uma combinação de equipamentos de alta tecnologia com opções de baixo custo para pressionar adversários.

 

Analistas apontam duas principais utilidades para o projeto. A primeira é oferecer cenários de treinamento realistas para pilotos e operadores de defesa aérea, com alvos que reproduzem o comportamento de aviões tripulados. A segunda é o uso em operações militares, onde drones desse tipo poderiam saturar sensores e interceptadores.

 

A adaptação de caças antigos para operação remota não é exclusiva da China. Os Estados Unidos, por exemplo, empregam há anos aeronaves QF-16 e QF-4 em testes e treinamentos. A diferença, segundo especialistas, é a escala. O potencial número de conversões na China pode transformar esse programa em algo maior que um recurso auxiliar.

 

De acordo com o material apresentado no evento, o drone J-6 é utilizado tanto em exercícios simulados quanto em treinamentos com fogo real. Ele também apoia o preparo de forças terrestres equipadas com mísseis guiados por radar e sensores de rastreamento.

 

A exibição pública do J-6 convertido também foi interpretada como um gesto político. A transformação de um caça da Guerra Fria em drone de combate projeta a imagem de uma indústria capaz de adaptar tecnologias antigas e de oferecer soluções variadas para cenários de confronto.

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