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Desvios de rota 22.12.2025 | 16h18

Explosão de foguete da SpaceX colocou aviões em risco nos EUA, diz jornal

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Reprodução/X/@ShivAroor

Reprodução/X/@ShivAroor

No final da tarde de 16 de janeiro, um foguete da SpaceX explodiu durante um voo de teste no Texas. O incidente obrigou aeronaves que sobrevoavam a região do Caribe a mudar de rota para evitar possíveis destroços e provocou atrasos em aeroportos internacionais. Meses depois, documentos indicam que os riscos foram mais graves do que pareciam à época.

 

De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal, três aviões tripulados voaram por uma região com chuva de detritos do foguete que explodiu. Um JetBlue seguia para Porto Rico quando os pilotos foram informados do incidente e tiveram de optar entre continuar a viagem atravessando um campo de destroços ou arriscar ficar sem combustível sobre a água.

 

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Outras duas aeronaves — uma operada pela Iberia Airlines e um jato particular - declararam emergência de combustível e sobrevoaram a zona de exclusão aérea temporária (área que fica provisoriamente fechada ou com restrições por motivos de segurança).


Ao todo, os três voos transportavam cerca de 450 pessoas, que conseguiram pousar em segurança.


O WSJ analisou documentos da Administração Federal de Aviação (FAA) que indicam que a explosão causou uma chuva de destroços em chamas que durou cerca de 50 minutos. Neste cenário, os danos para a estrutura dos aviões seriam graves se um destes fragmentos os atingisse.

 

Os documentos também mostram que a SpaceX não informou imediatamente a agência sobre a explosão por meio de uma linha direta oficial. A reportagem mostra que as zonas de exclusão foram ativadas quatro minutos depois que a espaçonave Starship começou a parar de fornecer dados sobre seu voo de teste. A SpaceX teria confirmado o ocorrido à agência apenas 15 minutos depois disso.


Risco de lançamentos e fiscalização
Em decorrência do risco que os aviões correram após a explosão do foguete, a indústria aérea e as autoridades do governo dos EUA estão preocupadas com os efeitos da explosão da Starship. Principalmente porque o número de operações espaciais deve subir nos próximos anos.

 

A expectativa da FAA é de que cerca de 200 a 400 lançamentos ou reentradas de foguetes sejam realizados anualmente. Não à toa, no início do ano, representantes da instituição convocaram especialistas para debater os riscos de detritos espaciais decorrentes de falhas em voos espaciais.

 

Entretanto, a apuração do WSJ aponta que funcionários do órgão suspenderam a revisão de segurança em agosto. Segundo a agência, a decisão foi tomada porque a maioria das recomendações já estava sendo implementada e agora precisavam consultar especialistas adicionais.

 

Shana Diez, executiva da SpaceX focada na Starship, já afirmou em um evento que a empresa mantém um ótimo relacionamento com a organização de controle de tráfego aéreo da FAA e trabalha em estreita colaboração com esse grupo.

O tema deve voltar aos holofotes nas próximas semanas. Isto porque na noite desta quarta-feira (18), um foguete da SpaceX explodiu durante um teste de ignição no Texas (EUA). O incidente envolveu a Starship 36, aeronave que faz parte dos planos da empresa para voos à Lua e Marte.

 

O fundador da empresa, Elon Musk, logo veio a público para minimizar a gravidade: “Só um arranhão”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter). Em janeiro, o bilionário já tinha republicado um vídeo, do primeiro incidente, com a legenda: “O sucesso é incerto, mas o entretenimento é garantido!”

 

Céu em chamas
A explosão do foguete da Space X, em janeiro, aconteceu durante o sétimo voo de teste, oito minutos depois do lançamento. Um dos pilotos relatou ter “visto pedaços de destroços e fogo intenso”.

 

Em resposta ao WSJ, a JetBlue afirmou que a companhia aérea está confiante de que todos os seus voos evitaram os locais onde estavam os destroços. A Iberia disse que seu voo passou “pela área depois que todos os destroços já haviam caído, portanto não havia risco à segurança”.

 

Com 11 missões Starship realizadas, a SpaceX já planeja voos futuros. O desenvolvimento de foguetes envolve tentativa e erro. É por isso que as áreas são delimitadas antes de cada lançamento e ativam-se áreas de exclusão quando acontece um acidente. Neste momento, as aeronaves são direcionadas para rotas alternativas.

 

Em 6 de março, um protocolo deste tipo teve que ser acionado, quando um teste da Starship terminou em explosão/desintegração em pleno voo e forçou o fechamento temporário de aeroportos nos EUA. Além disso, em 18 de junho, um foguete também explodiu durante um teste em solo.

 

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