na Inglaterra 21.08.2023 | 12h08
Reprodução/ Facebook
A enfermeira Lucy Letby, de 35 anos, foi condenada à prisão perpétua por ter assassinado sete recém-nascidos e pela tentativa de matar pelo menos outros seis bebês na Inglaterra.
Lucy trabalhou no Hospital Condessa de Chester e no Hospital para Mulheres de Liverpool de 2015 até 2016, nesse período médicos e enfermeiros alertaram para um número crescente de bebês que morriam sem um motivo claro.
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As crianças apresentavam quadros mais graves após o turno de trabalho de Lucy e os demais profissionais passaram a buscar uma justificativa para a situação alarmante.
Lucy costumava avisar no grupo de trabalho as mortes e os colegas tentavam consolá-la já que ela dizia estar triste com o que estava acontecendo.
Segundo uma reportagem publicada pela BBC, os chefes do hospital foram alertados sobre o que estava acontecendo e as denúncias foram ignoradas e até tratadas como coincidência.
As mortes também não foram notificadas da maneira correta e isso impediu que as autoridades de Saúde do Reino Unido identificassem o que estava acontecendo.
A enfermeira foi afastada da escala de plantões após a morte, em menos de 24 horas, de dois dos trigêmeos prematuros que tinham nascido no hospital. No entanto, ela foi transferida para realizar funções administrativas.
A tentativa de encobrir os casos tinha a intenção de preservar a imagem do hospital. A direção temia a repercussão negativa da morte de crianças na maternidade.
Em 2016, ao invés de denunciar a situação para a polícia, o diretor do hospital pediu uma auditoria do Royal College of Pediatrics and Child Health e foi orientado a fazer uma revisão independente de cada uma das mortes.
Um relatório concluiu que as mortes deveriam ter uma investigação aprofundada em 2017. Os responsáveis pelo documento, no entanto, foram orientados a enviar um e-mail pedindo desculpas para Lucy por terem feito acusações contra ela e nada foi feito.
Só em 2018, três anos após os primeiros assassinatos, foi encontrada a primeira evidência de que Lucy era uma criminosa. O exame de sangue de um dos recém-nascidos foi a prova que a enfermeira assassinou uma criança com uma dose de insulina.
Alguns meses depois, Lucy foi presa e os assassinatos começaram a ser descobertos e os modos de ação revelados. Além de aplicar insulina, ela injetava ar na veia das crianças e há até uma que foi alimentada em excesso e apresentou complicações.
A imprensa britânica tratou Lucy durante a cobertura do julgamento como "a maior assassina de crianças da história moderna"
"Foi uma campanha cruel, calculada e cínica de assassinato de crianças envolvendo os menores e mais vulneráveis", disse o juiz James Goss, que condenou Lucy à prisão perpétua sem perspectiva de libertação.
Desde que Letby deixou a unidade neonatal do hospital, apenas uma morte foi registrada nos últimos sete anos.
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